MT é responsável por 31% da produção de grãos do País
O 9º Levantamento da Safra 2022/2023, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta que Mato Grosso deve produzir 97,4 milhões de toneladas de grãos - um recorde para o País e para o Estado, que corresponde, sozinho, a 31% da quantidade de grãos produzidos no Brasil, ou seja, quase um terço do total, puxado especialmente pela soja e pelo milho.
Por sua vez, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), revela o mesmo cenário de Mato Grosso liderando mais uma vez a produção de alimentos entre cereais, leguminosas e oleaginosas.
A soja é o principal produto da agricultura brasileira e a prioridade dos produtores na safra de verão, que é plantada a partir de setembro, na época das chuvas, e colhida em janeiro e fevereiro. A segunda safra é plantada após a colheita da safra de verão, e a sua colheita dá-se a partir de junho. Em Mato Grosso, a principal opção é o milho.
A produção agrícola em Mato Grosso tem perspectiva de aumento devido à demanda mundial por alimentos. Além dos grãos, o Estado é o maior produtor de gado de corte, além dos destaques na produção de aves e suínos.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, diz que o Governo do Estado tem feito sua parte em melhorar as condições de um dos principais pontos delicados para o escoamento da produção do Estado: a logística.
“De forma inédita, o Governo do Estado passou a ter a concessão da BR-163, assumindo o controle da Nova Rota Oeste via MT Par. Enquanto os demais estados querem federalizar as rodovias, Mato Grosso quis o contrário. As obras da primeira ferrovia estadual do país também estão em andamento, e são mais de 2.500 km de estradas em execução pelo Estado, construção de pontes. São obras que atendem o setor produtivo, bem como a população em geral”, observou o secretário.
A duplicação da BR-163, que está sendo executada pela Nova Rota Oeste, será um dos principais projetos do Estado para dar mais segurança nas estradas em razão da grande quantidade de caminhões que trafegam pela rodovia e para o escoamento da safra.
Pesquisas são desenvolvidas para melhorar produção de mandioca após diminuição da área de cultivo em MT
Pesquisas estão sendo desenvolvidas para melhorar a produção de mandioca após diminuição da área de cultivo em Mato Grosso. De acordo com a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), nos últimos dez anos, a área de cultivo diminuiu de 38 mil hectares para 18 mil hectares.
A Empaer disse que a queda da área aconteceu devido à falta de materiais de propagação produtivos e uma pesquisa desenvolvida pela empresa pretende realizar recomendações técnicas, para que os produtores que apostarem na cultura tenham mais garantias de ter bons resultados.
Um campo experimental de Acorizal, a 59 km de Cuiabá, atualmente conta com 100 materiais de mandioca, sendo de mesa e de indústria, segundo a pesquisadora da Empaer, Dolorice Moreti.
“Nós já avaliamos diversos deles e, nos últimos anos, nós estamos com a avaliação em campo de 24 materiais de mandioca de mesa e 16 materiais de indústria”, disse.
De acordo com a pesquisadora, a média geral de produção de mandioca está em torno de 15 toneladas por hectare.
“Os materiais que menos produziram, até o momento, foram cerca de 15 a 20 toneladas, mas temos materiais aqui que variam de 40 a 60 toneladas”, contou.
Segundo a Empaer, para comprovar que as raízes estão em época favorável a colheita, é necessário que dois processos sejam realizados, o de cozimento e pesagem.
Na primeira etapa, as mandiocas de mesa cozinham na água durante 30 minutos e caso elas fiquem macias, é porque estão prontas para serem colhidas. Já na pesagem, as mandiocas de indústria são colocadas em uma estrutura de campo, composta por uma balança e um balde com água embaixo, para que a quantidade de amido, que tem na raiz, seja medida.
“O teor de amido é correspondente a quantidade de rendimento que uma mandioca dá em relação a produção de farinha”, concluiu Dolorice.
Indea detecta foco de ferrugem asiática em lavoura em MT
O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso confirmou o primeiro foco de ferrugem asiática da safra 2021/2022, referente às amostras coletadas pelos fiscais do órgão, no município de Campo Verde (142 km da capital).
As folhas de soja foram coletadas no dia 11 de janeiro pelo fiscal do Indea no município, o engenheiro agrônomo Elton Medeiros, e recebidas e analisadas no Laboratório de Sanidade Vegetal do Indea no dia 12 de janeiro.
A análise fitossanitária detectou ferrugem na cultivar 75HO111 CI IPRO, em plantas no estádio R7, que foram semeadas em outubro de 2021. A análise detectou o equivalente a 0,23 lesões por folha, concluindo que a doença foi detectada num padrão de infecção leve.
“A alta umidade favorece a infecção do fungo na planta e ressalta a importância dos produtores monitorarem suas lavouras de soja”, comentou a coordenadora de Defesa Sanitária Vegetal do Indea, Ana Paula Vincenzi.
A ferrugem asiática é uma das principais doenças da cultura da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, e seu principal dano é a desfolha precoce, impedindo a completa formação dos grãos, com consequente redução da produtividade.
Inscrições para programa de incentivo a agricultura familiar abrem nesta segunda (06) em MT
O Programa Alimenta Brasil 2022 (PAB), antigo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) está com as inscrições abertas para agricultores familiares de Mato Grosso participarem.
A ação federal, em parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (Seaf) e da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), tem R$ 2 milhões em recursos para que o poder público compre em alimentos obrigatoriamente produzidos por produtores rurais ligados à agricultura familiar.
É uma forma de incentivar a agricultura familiar e girar a economia para esses agricultores.
Para participar, os agricultores familiares devem possuir a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) regular e procurar o escritório da Empaer ou a Secretaria de Agricultura do seu município para elaboração do projeto.
As propostas deverão ser enviadas, por parte dos escritórios da Empaer ou das secretarias municipais, até o dia 30 de junho, por e-mail, para a Seaf.
Neste ano, os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) serão os órgãos atendidos pelos alimentos comprados pelo PAB.
Os CRAS interessados em ser beneficiados com a ação, assim como os produtores familiares, também precisam procurar a sede da Secretaria de Agricultura local ou da Empaer.
Em 2021, durante a realização do PAA, foram aplicados R$ 1,1 milhão na compra de 948 toneladas de alimentos, que beneficiaram 500 famílias, em 35 municípios.
Neste ano, a expectativa é beneficiar 700 famílias, em 88 municípios aptos a participar do programa, voltado para minimizar os impactos causados pela pandemia da Covid-19 na agricultura familiar. Outras informações pelo telefone: (65) 3613-6206.
Bananais são fontes de renda para pequenos produtores em MT
Em Nossa Senhora do Livramento, a 42 km de Cuiabá, cidade conhecida como a terra da banana, pequenos produtores tiram a renda dos bananais. É quase uma tradição cultivar bananeiras e sobreviver delas.
"Nós começamos a trabalhar com a banana desde que me lembro por gente. Somos orgulhosos de nos chamarem de 'papa-banana'", conta a produtora rural Miguelina de Oliveira Campos.
A produtora conta que em tempos em que o clima quente e seco castiga, é superação conseguir salvar as bananeiras.
"Para quem veio na época [de incêndios] e hoje vê tudo verdinho, do jeito que está, se pergunta 'será que queimou mesmo?' Porque não parece", afirma.
Com o cultivo da fruta, a família de Miguelina decidiu investir também na venda de banana frita e farinha de banana
"A farinha está sendo usada principalmente para a saúde. Pelo nosso conhecimento popular, a farinha natural faz bem pra saúde. A banana frita é feita na banha de porco. É uma ajuda grande na renda. Uma coisa é você vender só o cacho da banana, outra é ter o derivado dele pronto", relata a produtora, que vende os produtos por encomenda.
Palmiro Léo de Campos, produtor, conta que trabalha há 30 anos com o cultivo da banana, no mesmo local.
"Meu sustento é esse. Aqui há umas 10 hectares. destinadas a plantação. A gente tem que trabalhar com o que gosta", relata.
Na propriedade, há cerca de 2 mil pés de banana. A produção leva de 10 a 12 meses. O resto depende do sol, das chuvas.
"Nós aqui da roça ficamos muito orgulhosos por estar fazendo agricultura aqui, porque sabemos que há muita gente na cidade que depende da agricultura familiar", diz Miguelina.
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