A Polícia Militar confirmou, há pouco, ao Só Notícias, que o advogado Milton Queiroz Lopez, de 51 anos, foi assassinado no escritório dele, localizado na rua Belo Horizonte, no centro de Juara (291 quilômetros de Sinop), esta manhã. Um soldado da PM informou que toda a ação criminosa foi gravada pelas câmeras de segurança. “O suspeito chegou no local tranquilamente para ser atendido. Quando entrou na sala, efetuou três tiros. Dois atingiram a cabeça do advogado. Depois, fugiu”, afirmou o militar.
As imagens mostram que os tiros foram à ‘queima-roupa’, a menos de um metro de distância do advogado, que não teve tempo de se defender. O local foi isolado e analisado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). A Polícia Civil também foi acionada para iniciar as investigações e descobrir o motivo da execução. O corpo de Milton Queiroz foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Juína para exames de necropsia.
Diversas equipes da Polícia Militar foram acionadas para ajudar nas buscas e, pouco tempo depois, dois dos possíveis envolvidos com o crime foram presos pela Força Tática de Sinop, na MT-220, nas proximidades de Americana do Norte. Com eles, foi apreendido um revólver com seis munições. “Fomos acionados para dar apoio na ação. Paramos em Americana do Norte e ficamos escondidos próximo de um trevo. Observamos quando eles passaram em uma caminhonete com as mesma características informadas. Iniciamos o acompanhamento e efetuamos a prisão. Eles confessaram o crime e apontaram que o motivo foi por vingança. Já as cápsulas usadas no crime eles jogaram no mato”, disse o primeiro sargento da Força Tática, Edicarlos dos Santos Pinheiro, ao Só Notícias.
De acordo com o presidente da 20ª Subseção da Ordem dos Advogados de Brasil (OAB), Ghyslen Robson Lehnen, as cobranças já estão sendo feitas para que o caso seja esclarecido. “Estamos acompanhando pessoalmente o caso. Estamos fazendo as cobranças necessárias por se tratar da morte de um advogado. As ações estão bem adiantadas pela Polícia Civil”.
Lehnen disse ainda que a morte de Queiroz é um ataque ao exercício da profissão. “Não podemos permitir que nós advogados que exerceremos papel de defesa de um cidadão, seja alvo de um assassinato. A OAB vai acompanhar todas as investigações. Queremos a punição de quem cometeu esse crime”.
O presidente a Subseção da OAB explicou ainda que o advogado atuava há muitos anos nas áreas civil, criminal e trabalhistas.