Jayme Campos critica postura negacionista de Bolsonaro na pandemia
O senador Jayme Campos (DEM) afirmou que houve irresponsabilidade do por parte do governo federal no controle da covid-19 e criticou a postura negacionista do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia. Segundo o democrata, o gestor "tinha que dar bons exemplos".
"O próprio presidente da República sempre contestou, achou que não devia ter distanciamento social, que não tinha que usar máscara, que tinha que tomar Ivermectina e não sei mais o quê. Tudo, menos um tratamento adequado. Deu no que deu", disparou em entrevista à Rádio CBN Cuiabá.
"O presidente Bolsonaro tinha que dar bons exemplos. Estava tomando banho há poucos dias numa cidade balneário, andando de moto aquática sem máscara. Semana passada estava desfilando de caminhonete e sem máscara", emendou.
Sobre a falta de planejamento, o senador ainda comentou sobre o caso que ocorreu no Amazonas. "Chegamos ao ponto da exaustão. O Governo transformou-se de incompetente para impotente. É inconcebível, em pleno século 21, faltar oxigênio, como aconteceu no Amazonas".
Jayme ainda questionou a instabilidade do staff do presidente durante a pandemia no Brasil, e a "dança das cadeiras" que ocorreram neste período.
"Acho que o Governo Federal tinha que preocupar mais nessa pandemia. Houve mudança de três ministros de Estado. Qual planejamento poderia ser formatado nessa insegurança?".
Ministro da Saúde
Em relação ao militar Eduardo Pazuello, que hoje ocupa a posição de ministro da Saúde, o democrata emitiu uma opinião nada otimista.
"Acho que o Pazuello deve ser um cidadão muito competente, mas na área estratégica e de logística lá do Exército, não para ser ministro da Saúde. Ele tem recebido duras críticas e com razão. Qual o preparo, qual o conhecimento da ciência médica? Ele não tem conhecimento", enfatizou.
Para Campos, Pazuello não estava preparado para o cargo e que seria necessário um profissional da área à frente da pasta.
"Não desmerecendo a capacidade dele, mas para tocar uma área tão importante, precisávamos de um profissional que tivesse conhecimento técnico para isso. Eu não aceitaria um convite desses. Qualquer pessoa com um mínimo de consciência não aceitaria".
