Pivetta diz que Governo de Taques não aumentará impostos
Coordenador de transição do governador eleito Pedro Taques (PDT), o prefeito licenciado de Lucas do Rio Verde (354 km ao Norte de Cuiabá), Otaviano Pivetta (PDT), garantiu que a nova gestão não fará aumento na carga tributária de Mato Grosso.
Em reunião com os principais líderes dos partidos que compõem a base de Taques, na sexta-feira (14), Pivetta afirmou que o trabalho da transição tem sido no sentido de otimizar o orçamento para investir em áreas que mais necessitam.
“O que eu posso dizer é que não vai ter aumento de imposto. Vai ser feito um trabalho trabalho para, por exemplo, a simplificação e a desocupação de prédios públicos. Nós temos inúmeros prédios na Capital e no interior alugados pelo Estado para acomodar servidores. O enxugamento passa por isso”, disse.
“Nós pretendemos que o Estado seja eficiente e caiba aqui no Centro Político Administrativo (CPA), onde é o lugar do Estado. As políticas públicas de cultura, esporte, saúde, educação têm que ir par aonde o povo está, mas as mudanças têm que ser feitas”, completou o prefeito.
Gestão Silval
Questionado sobre a situação que a administração de Silval Barbosa (PMDB) deixará para a nova gestão, Otaviano Pivetta admitiu que há problemas e que caberá a Taques organizá-los.
“O Governo tem que ser organizado. Não sabemos quanto temos de restos a pagar, por exemplo, e só vamos saber quando recebermos o Governo. O que será necessário ao chegar no Governo é suspender algumas coisas que são duvidosas, revisar contratos, auditar, para não pagar indevidamente”, avaliou.
“O Estado já está em crise. É preciso fazer recadastramento para saber quem é servidor e quem não é. Cada secretário terá essa missão. Temos que focar na folha de pagamento. Afinal de contas, é previsto para o ano que vem um gasto de R$ 7,5 bilhões em pessoal”, disse.
Segundo Pivetta, até o momento, o que pode ser comprovado é que, financeiramente, Mato Grosso já estourou seu limite.
“Nós estamos esperando uma receita corrente líquida de R$ 10,5 bilhões ou R$ 11 bilhões para o próximo ano. O limite com pessoal já estourou e muito. E isso mostra os desequilíbrios que existem. O que estamos fazendo, agora, é planejar e fazer cortes necessários. Educação, Saúde e Segurança estão protegidos, mas nas demais temos que fazer equilíbrio orçamentário”, disse.
“Nós não podemos aumentar imposto. O cidadão não aguenta mais carregar este Estado ineficiente. A ideia é, deste período até dia primeiro de janeiro, deixar tudo pronto: ações, decisões e providências necessárias para recuperação do Estado, para que tenhamos controles efetivamente instalados”, completou o coordenador.