Taques: “Não quero terminar o mandato e passar o Natal preso”
O governador Pedro Taques (PSDB) aproveitou a solenidade de assinatura de Termos de Ajustamento de Gestão (TAGs) com o Tribunal de Contas do Estado (TCE), na manhã desta terça-feira (14), para criticar seu antecessor, o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), e os ex-secretários Marcel de Cursi (Fazenda) e Pedro Nadaf (Indústria, Comércio e Casa Civil).
Os três foram presos em setembro passado, durante a deflagração da Operação Sodoma, que apura um suposto esquema de pagamento de propina para a liberação de incentivos fiscais em Mato Grosso.
“A assinatura desses termos é muito importante para nossa administração. Isso mostra que nossa administração, desde o primeiro segundo em que tomamos posse, está querendo fazer a coisa certa. A coisa correta. Não quero terminar o meu mandato e depois passar o Natal preso. Não quero”, disse Taques.
“Não quero que nenhum secretário meu esteja preso depois que eu terminar o mandato. Não quero isso, porque nós precisamos mostrar ao cidadão que Mato Grosso vive um Estado de transformação”, completou.
Ao citar o slogan de seu Governo, Taques disse que a transformação não ocorre apenas no modo de sua administração realizar obras no Estado, mas também em uma transformação na cultura de se fazer política em Mato Grosso.
Taques disse, ainda, em seu discurso, achar pouco provável que não haja roubo por parte dos quase 100 mil funcionários públicos do Estado.
Ainda assim, ele disse que o Estado é um parceiro dos órgãos de controle, para que eventuais casos de corrupção no Governo sejam apurados.
“Sempre me perguntam: o senhor tem 98 mil colaboradores, quase 100. Tem alguém roubando na sala administração? Eu digo que é quase que impossível que não tenha alguém já roubando. Isso é da natureza humana, segundo alguns dizem”, disse.
“Cabe aos órgãos de fiscalização fazer seu trabalho, e nós não temos receio disso. Por isso, procuramos o TCE para dizer que queremos assinar os termos de Ajustamento de Gestão. Algumas pessoas disseram até que eu era besta. Mas, eu não tenho receio dos órgãos fiscalizadores, nem os vejo como adversários de nossa administração. Todos nos temos o único objetivo: artigo 37 da Constituição, que é a concretização das políticas públicas”, completou o governador.