Não pretendo terminar mandato com o mesmo staff, diz Taques
O governador Pedro Taques (PSDB) avaliou como positiva a atuação de seu secretariado, ao longo do primeiro ano de sua gestão. Ele não descartou, contudo, a possibilidade de mudanças no staff, a partir do ano que vem.
“Todos os secretários performaram o suficiente. Mas entendo que insubstituíveis neste Governo são o governador e o vice-governador, Carlos Fávaro. Nós dois fomos eleitos, nossa cara estava nas urnas. Já os secretários foram escolhidos. Todos os secretários sabem disso”, disse Taques, durante conversa com jornalistas, na semana passada.
Ao longo de 2015, houve três mudanças no staff de Taques. A mais recente, a saída do secretário de Segurança, Mauro Zaque. O secretário-executivo Fábio Galindo já foi definido como substituto.
Também deixaram o staff o secretário Marco Bertúlio, da Saúde, para dar lugar a Eduardo Bermudez, e o coronel Airton Benedito de Siqueira Júnior substituiu o coronel Antônio Ribeiro Leite, na Casa Militar.
Todos eles alegaram "motivos pessoais" para deixarem as pastas.
“Há secretário com problema pessoal e entende que não deve ficar, como ocorreu com o Marco Bertúlio. O Marco é um servidor público decente, mas ocorreu essa mudança”, afirmou.
“Acredito que para trabalhar com essa condições adversas, como as que encontramos, você precisa estar feliz, abdicar de algumas coisas. Eu não consigo trabalhar com quem não está feliz. Eu não estava feliz no Ministério Público Federal (MPF), busquei meu caminho. Não estava feliz no Senado, senti que poderia ser mais feliz. Não vejo que preciso ter um mesmo secretariado até o final do mandato”, completou Taques.
Ele afirmou ainda que, independentemente de qualquer mudança em seu staff, a população busca a continuidade na prestação dos serviços públicos.
“O cidadão quer a continuidade dos serviços e a melhoria dos serviços prestados. O ministro mais importante da Dilma era o Joaquim Levy [da Fazenda], ele saiu e o Brasil não acabou. As coisas andam, a roda roda. Isso faz parte do jogo democrático. Não tenho a pretensão de terminar o meu mandato com todos os secretários que iniciaram”, reiterou Taques.
Autonomia
O governador ainda afirmou que a situação crítica encontrada no Estado, no início deste ano, impossibilitou um melhor desempenho de sua equipe.
Ele acredita, no entanto, que a partir do próximo ano, pode haver uma melhora na atuação de todo o staff.
“Eu nunca fui governador, estou em uma curva de aprendizagem. O mesmo ocorre com os secretários: o Paulo Taques [Casa Civil] nunca foi secretário, o Jean Campos [Comunicação], também não. Todos estão nessa curva de aprendizagem”, disse.
“Alguém pode dizer que eu preferi secretários novos, ao invés de secretários experientes. Eu não quero a experiência do Paulo Maluf, eu não quero a experiência de alguns secretários que por aqui passaram. Por isso, eu apostei e aposto em pessoas novas para poder transformar Mato Grosso”, afirmou.
Taques adiantou ainda que, em 2016, dará maior autonomia a seus secretários, para que ele concentre sua atuação em pontos “estratégicos”.
“Os secretários terão mais autonomia de atuação. Isso eu disse na reunião que fiz com eles. Eles terão maior liberdade de atuação, tudo isso com responsabilidade”, disse.
“Essa autonomia serve para que o governador possa ficar em um nível estratégico e, não no tático operacional. Além disso, também quero percorrer mais o Estado, viajar mais”, completou.