Com citação de Aécio, PSDB começa a cogitar Pedro Taques à Presidência

Com a implicação do senador Aécio Neves (PSDB-MG) na Operação Lava Jato, a partir da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado, a cúpula tucana já começa a cogitar o nome do governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), à Presidência da República nas eleições de 2018.

Na avaliação de líderes tucanos, Taques tem baixo índice de rejeição no cenário nacional, pouco desgaste e tem uma trajetória e discurso que vão ao encontro dos anseios da população brasileira na atualidade. Além disso, Taques seria um “fator novo” no pleito.

O mato-grossense também conta a seu favor o fato de ser o único governador que apoia abertamente o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Em seus quatro anos no Senado, o ex-pedetista e hoje tucano se engajou em temas importantes como o combate à corrupção, elaboração do novo código de processo civil e foi um dos mais ariscos opositores de Dilma na Casa. Ele chegou, inclusive, a assinar, junto com outros senadores, uma representação junto à Procuradoria Geral da República, pedindo que a Lava Jato investigasse atos suspeitos do governo.

Internamente, o senador José Serra (PSDB-SP) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, tentam aproveitar as denúncias contra Aécio para se firmarem candidatos à presidência novamente.

Porém, para a cúpula tucana, ambos acumulam desgaste político em razão das eleições passadas e das denúncias que ambos enfrentam em suas gestões junto ao Governo de São Paulo, como os desvios da merenda escolar e o cartel dos metrôs e trens metropolitanos.