Taques lança obras para recuperação de canteiros e reforça que VLT será concluído
O governador Pedro Taques (PSDB) voltou a dizer que quer garantir a conclusão das obras do VLT, em Cuiabá e Várzea Grande. E reforça que as decisões serão tomadas com base no relatório final da KPMG, entregue à Justiça Federal no último dia 28. “Isso é fato (a conclusão da obra). Mas não podemos ter decisões políticas, como foram tomadas no passado”, voltou a dizer Taques, durante lançamento das obras de restauração dos canteiros e das avenidas por onde passará o VLT, em Cuiabá, realizado nesta quarta (6).
Enquanto as obras não são retomadas, o governador explica que a população não pode conviver com os canteiros e avenidas em situação precária. Compara a uma “cicatriz” que atravessa a Capital e Várzea Grande. “Essa vergonha que ficou aqui. A sociedade cuiabana pode aguardar o término da obra do VLT”, reforça o chefe do Executivo no evento realizado em um dos canteiros por onde passaria o modal na avenida da Prainha, em frente ao Colégio Salesiano São Gonçalo.
Além da Prainha, a restauração vai acontecer nas avenidas do CPA e Fernando Correa da Costa. Ao todo, serão gastos R$ 13,5 milhões, sendo R$ 8,5 milhões referente ao governo estadual e R$ 5 milhões da Prefeitura de Cuiabá. Os trabalhos têm prazo de conclusão de 180 dias. A ordem de serviço ocorrerá na próxima segunda (11).
O prefeito Mauro Mendes (PSB), por sua vez, afirma que a recuperação do pavimento dessas avenidas já estava dentro do programa das obras do VLT. Por isso, segundo o socialista, os Executivos estão apenas antecipando o que seria feito na retomada da conclusão do modal. O gasto, inclusive, será descontado no contrato. “Vamos fazer 100% da pavimentação das avenidas, recuperação de bueiros, calçadas e as sinalizações horizontal e vertical”, declara.
Já o presidente do TCE, Antonio Joaquim, ressalta que o Tribunal tem o papel de contribuir para que as obras terminem. Frisa que o órgão não pode ficar preso apenas às auditorias, punições e sanções. “Temos que dar a nossa cota para que as políticas públicas aconteçam”, pontua.
Em relação ao relatório da KPMG, Taques preferiu não adiantar alguns pontos, como o valor mínimo da tarifa para o funcionamento do VLT. Entretanto, "deixou no ar" questões acerca dos vagões do VLT e o valor total da obra que serão esclarecidos em coletiva e audiência pública que serão realizadas amanhã (7). “Foram adquiridos 40 vagões. Eram suficientes ou compraram a mais? O preço unitário de cada produto chega a R$ 1,4 bilhão?”, faz suspense.