O deputado estadual Eduardo Botelho (PSB) acaba de ser eleito para a presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso para o biênio 2017/2019. Ele lidera a chapa “União e Trabalho”, que recebeu 21 votos.
Os deputados Emanuel Pinheiro (PMDB), Janaina Riva (PMDB) e Zeca Viana (PDT) se manifestaram contra a chapa. Botelho terá na Mesa Diretora a companhia dos deputados Gilmar Fabris (PSD) - 1º vice-presidente-, Max Russi (PSB) – 2º vice-presidente -, Guilherme Maluf (PSDB) – 1º secretário -, Ondanir Bortolini (PSD), 2º secretário -, Baiano Filho (PSDB) – 3º secretário -, e Silvano Amaral (PMDB) – 4º secretário. A posse da chapa ocorre em 1º de fevereiro de 2017. Até lá, a Mesa Diretora é comandada pelo deputado Guilherme Maluf.
Antes da votação, alguns deputados se manifestaram sobre a eleição da Mesa Diretora. Um dos que anunciou voto contrário, o deputado Zeca Viana (PDT) criticou a interferência do Palácio Paiaguás na eleição interna do legislativo. No entanto, negou qualquer tipo de denúncia de compra de votos de deputados. “Nunca disse isso, podem puxar minha fala na sessão de ontem que não vai aparecer nada disso”, assinalou.
Zeca Viana ainda demonstrou que é contrário a reforma e ampliação da Assembleia Legislaitva, que está orçada em R$ 78 milhões. “Vivemos um momento de crise econômica e nosso Estado tem outras prioridades”, declarou.
Atual presidente da Assembleia, Guilherme Maluf ficou irritado com a denúncia do pedetista. “Acho leviano um deputado da importância de Zeca Viana fazer um comentário como este. Ele terá que provar o que disse”, salientou.
O tucano ainda enalteceu sua gestão, que passou por um processo de modernização que resultou na economia de R$ 100 milhões. Em relação a reforma do prédio do legislativo, colocou que será decidida pelo Colégio de Líderes.
Outra que se manifestou contrária, a deputada Janaina Riva também declarou que o voto contrário a chapa seria por conta da interferência do executivo. “Não podemos deixar esta Casa se tornar um puxadinho do Governo. Gosto muito do Botelho e do Maluf e votaria “sim” se não tivesse essa interferência”.
Líder do Governo Pedro Taques até a última semana, o deputado Wilson Santos (PSDB) afirmou que a oposição está confundindo “minoria com independência”. “Minoria tem que trabalhar para ser maioria. Mas a palavra independência que está acompanhada na Constituição vem acompanhada de harmonia”.
Por fim, o presidente da Assembleia, após a eleição ser sacramentada, destacou que a eleição de hoje foi trabalhada em 2014, quando chegou a colocar seu nome para a disputa a presidência. No entanto, numa composição com Guilherme Maluf ocupou a função de 1º vice-presidente. “O sonho continuou e hoje se torna realidade”.
Botelho colocou que trabalhou por uma chapada de consenso, mas que ficou satisfeito com as declarações dos deputados estaduais que foram contrário a sua chapa. “Todos disseram que por minha pessoa votavam a favor, mas por entenderem essa questão do Governo, votaram não. Então fiquei satisfeito com isso”.
Botelho também falou sobre a relação que construirá com o Governo. Segundo ele, no primeiro biênio não houve um “puxadinho” como a oposição declarou. “Se fosse assim, não haveria tantas emendas em projetos como LOA, LDO e Fethab”, lembrou.
O futuro presidente ainda falou aos poderes como Ministério Público e Tribunal de Justiça. Ele citou que pretende estabelecer uma relação produtiva com os órgãos. “Não tratem essa casa como se tivessem bandidos aqui dentro. Aqui tem 24 líderes, deputados que tem valor. Então vamos trabalhar de forma independente e harmoniosa”.
COMPOSIÇÃO DA NOVA MESA DIRETORA - CHAPA UNIÃO E TRABALHO