Pulverização dos processos é para gerar desgaste político, diz Riva

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+ Política
Sexta, 10 Maio 2013 | DA REDAÇÃO
Já “famoso” como o político mais processado do Brasil, o deputado José Geraldo Riva (PSD), afirma que “ostenta esse título” porque existe um interesse em desgatá-lo politicamente. Segundo ele, não existe razão de ser para tantos processos, pois todos tratariam basicamente do mesmo mérito.

“Isso começou há dez anos atrás. Não tinha razão de tantos processos. Todos poderiam ser um só, tratam a mesma coisa. Mas isso é um processo de me desgastar politicamente”, disse o parlamentar, na coletiva de imprensa proferida após o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) afastá-lo do cargo de presidente da Assembleia Legislativa.

A maioria dos processos contra José Riva incluem o ex-deputado estadual, o conselheiro afastado do Tribunal de Contas Humberto Bosaipo, em supostos esquemas de desvio de verba pública através da emissão de cheques para o pagamento de serviços nunca teriam acontecido, ou então pela emissão desses cheques para factorings ilegais. 

De acordo com as denúncias do Ministério Público, ambos teriam desviado cerca de R$ 62 milhões. “Então a Assembleia não funcionou nesse tempo? Porque a verba da Casa era de R$ 70 milhões. É isso?”, ironizou José Riva. A defesa do deputado já tentou em algumas ocasiões a unificação dos processos, mas sem sucesso.

Em uma decisão recente do TCE, Riva e Bosaipo foram condenados a ressarcir o erário em R$ 4,7 milhões em dois processos. O primeiro processo é referente à emissão, por parte da Assembleia Legislativa, de 48 cheques em favor da empresa fantasma Sereia Publicidade e Eventos Ltda, que juntos totalizavam R$ 2.650.921,20. 

Eles foram emitidos durante 15 meses, de agosto de 2001 a dezembro de 2002, sendo que 26 deles foram descontados no Banco do Brasil e 22 na Confiança Factoring, de propriedade de João Arcanjo Ribeiro, preso em 2001 durante a Operação Arca de Noé. 

O segundo é referente ao chamado “escândalo das calcinhas”. Riva e Bosaipo são acusados de emitir 44 cheques, no valor total de R$ 2.153.393,66, em favor da firma individual DP Quintana Publicidade, aberta com o CNPJ de uma empresa de peças íntimas femininas, que conforme a Jucemat encontra-se com o CNPJ suspenso. 

A empresa teria vencido o processo licitatório aberto pela Assembleia para contratação de serviços de publicidade, que nunca foram prestados. O deputado, por sua vez, afirma que a empresa operava com locação de aeronave e ela parou de operar com a Assembleia em 1998. Em 2000 ela mudou o ramo de atividades, passou a fabricar roupas íntimas. “E aí usaram essa maldade”, disse.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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