Grupo de Mulheres Rurais jangadense participam da Marcha das Margaridas
Uma marcha que marca o histórico de lutas das mulheres Brasileiras e da América Latina, do Campo, das Florestas e das Águas.
No dia 13 e 14 de Agosto de 2019 foi sediada a 6° Marcha das Margaridas, onde reuniu aproximadamente 120 mil mulheres Brasileiras e da América Latina em Marcha por um Brasil com soberania popular, democracia, justiça, igualdade e livre de violência.
A luta das mulheres além do dia a dia trás para as ruas de Brasília importante reflexões sobre as problemáticas enfrentadas atualmente pela classe trabalhadora em especial a das mulheres, no que diz a respeito às questões sócias, econômicas e políticas e consequentemente essas problemáticas cem sendo reflexo de retiradas de direitos ou até mesmo empecilho para as conquistas.
Desta forma através da Marcha denunciados diversos tipos de violência q estamos enfrentando, como o aumento das desigualdades sócias, pautadas nas relações de classe, raça, gênero, etnia, violações de direitos, corte no orçamento de políticas de assistência social, saúde, educação, moradia, incentivo à produção de alimentos entre formas de desmonte do Estado democrático de direito. Portanto a marcha das margaridas e considerando um caminho coletivo de construção de um projeto de sociedade, onde busca um país justo e igualitário, contra o sistema patriarcal, racista capitalista e antidemocrático.
A marcha das margaridas trás um legado de luta de um camponesa que há 36 anos foi assassinada com um tiro no rosto, em 12 de Agosto de 1983.Margaridas Maria Alves, era presidenta do sindicato dos trabalhadores/as Rurais de Alagoas Grande ,na Paraíba, foi morta na frente de seu filho e seu marido, na porta de casa. O crime foi marcado pela ganância e motivado pelas denúncias realizadas pela sindicalista, contra abusos e desrespeito aos direitos dos trabalhadores/as nas usinas da região. Depois da sua morte ela se transformou num símbolo da luta das mulheres camponesas por terra, justiça e igualdade. No entanto se sentiram no direito de tirar a vida de Margarida Maria Alves, mas só esqueceram que ela era semente. Hoje somos milhares de Margaridas em continuidade às lutas por um país justo e igualitário.
Nesses sentidos mulheres da classe trabalhadora do município de Jangada-MT em representação as demais, juntam a esse Marcha nas ruas de Brasília até o congresso Nacional para reafirmar o compromisso de luta e resistência que se faz necessário em meio a tantos retrocessos e desmonte imposto a classe trabalhadora. Portanto, parafraseando a nossa inspiradora da Marcha Margaridas, (Margarida Alves )" É melhor morrer na luta, do que morrer de fome" seguimos em frente... Ninguém solta à mão de ninguém... Somos tidas Margaridas!
#MULHERES NA LUTA