"Por estes dados, podemos observar que, dos principais estados brasileiros produtores de grãos, Mato Grosso é o que possui a maior área de preservação da vegetação nativa dentro das propriedades rurais", explica Sérgio Leal, coordenador do Observatório do Agronegócio, grupo da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) que trabalha com informações do agronegócio.
Mais de 35,4 milhões de hectares são áreas preservadas dentro das propriedades rurais, um percentual de 39,2% do total do território de Mato Grosso. Áreas protegidas em terras indígenas e unidades de conservação somam 17 milhões de hectares e representam 18,9% do que está preservado – ou seja, a área preservada nas propriedades rurais é 108,2% maior que nas unidades de conservação e terras indígenas somadas.
A produção agrícola em Mato Grosso vem se tornando cada vez mais eficiente, não havendo necessidade de abertura de novas áreas. Os dados comprovam isto: em 2004, a área plantada de grãos era de 7,6 milhões de hectares e o desmatamento foi de 1,18 milhão de hectares. Já em 2018, a área colhida aumentou em 98,4%, indo para 15,1 milhões de hectares e o desmatamento despencou para 149 mil hectares – redução de 87,4% no desmatamento no estado.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, ressalta que Mato Grosso é um exemplo de produção com sustentabilidade e um exemplo para o País e o mundo.
"Há muitos anos estamos construindo uma agricultura sustentável. Tanto o pecuarista como o agricultor são hoje grandes preservadores do meio ambiente por questões comerciais e por consciência ambiental. Eles sabem que é da terra que tiram seu sustento. E o Governo do Estado tem políticas ambientais sérias e rígidas, com controles severos e não vai permitir que se cometam ilegalidades", afirma.