Blairo volta a criticar postura do Governo em relação a China e cobra liberação de crédito para o agro
O ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP) participou de uma videoconferências com outros ex-titulares da Pasta para um canal de televisão, e cobrou que o Governo Federal invista recursos no agronegócio brasileiro neste momento de pandemia. Blairo também voltou a criticar a postura do clã bolsonarista com relação à China.
“Me preocupa muito neste momento a disponibilidade dos recursos para nós levarmos a diante os negócios da Agricultura. (...) A ministra Tereza Cristina tem feito um excelente trabalho, todos nós reconhecemos, mas mesmo assim vai faltar dinheiro na conta”, declarou Maggi, que acrescentou que os produtores vêm enfrentando problemas para contrair crédito junto aos Bancos por restrições judiciais.
O deputado federal e também ex-ministro, Neri Geller (PP), concordou com o posicionamento de Maggi e afirmou que o Congresso vem trabalhando para garantir que o Governo possa remanejar recursos para as demais áreas.
Recentemente, Blairo classificou como "conversas desvairadas" os ataques feitos pelo ministro da Educação Abraham Weintraub e pelo filho do presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), à China, falando sobre o coronavírus. A relação diplomática entre os dois países ficou abalada após as respostas da embaixada chinesa às falas dos dois.
Nesta quinta-feira (16), ele voltou a pedir que o Governo olhe com cuidado para o mercado chinês. “Temos que olhar também a questão do mercado. A China é nosso grande comprador, é quem põe dinheiro no Brasil, é para onde mandamos a maior parte dos nossos produtos. Nós não podemos entrar nessa fobia que está se criando de que a China é responsável por todas as coisas no mundo que acontecem. Esses caras sustentam nossa agricultura. Eu adoro americano, mas atualmente quem desenvolve o trabalho são os chineses, então é preciso tomar cuidado com esse lenga-lenga e essas conversas atravessadas de membros do Governo criando uma instabilidade entre nossos países”.