Madeireiras são multadas em quase R$ 5 milhões por crime ambiental em MT

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Sábado, 16 Novembro 2013 | AGRO DEBATE

Madeira apreendida pelo Ibama durante operação em Aripuanã.Madeira apreendida pelo Ibama durante operação em Aripuanã.

Indústrias madeireiras foram multadas em quase R$ 5 milhões e 7,5 mil metros cúbicos de madeira ilegal apreendidos em Aripuanã, a 976 km de Cuiabá. Os números são do Ibama e se referem ao resultado da Operação Onda Verde de combate ao desmatamento nos meses de setembro e outubro no município. No período, cinco empresas foram embargadas pelo órgão ambiental por terem o produto em depósito sem licença e vendê-lo.
De acordo com o chefe-substituto de fiscalização da gerência do Instituto em Juína, Rafael Engelhardt, empresas infratoras utilizam os chamados créditos de madeira na tentativa de acobertar o produto extraído das áreas ilegais. Estes créditos são gerados daquelas áreas onde é autorizada a extração e servem para comprovar a origem da matéria-prima.
Mas segundo Engelhardt, aqueles créditos que sobravam das áreas legais eram comercializados e, por meio destes, tentava-se simular a legalidade da madeira presente nas empresas. “Mais de sete mil metros cúbicos de madeira encontrados não possuíam cobertura”, afirmou o agente.
Ao todo, 7,5 mil metros cúbicos de madeira foram apreendidos.
Conforme Engelhardt, os agentes do órgão constataram que algumas indústrias possuíam madeira, mas não contavam com o respectivo crédito. Enquanto isso, outras tinham o crédito, mas que não faziam referência à quantidade de produto encontrado nos pátios. No entanto, segundo o Ibama, não há comprovação se as empresas que possuíam a madeira em estoque também provocaram a retirada do material da área de floresta.
O Ibama também eliminou do sistema de controle cerca de 12 mil metros cúbicos de crédito falso, afirmou ainda Rafael Engelhardt.
Madeiras
O balanço do Ibama divulgado nesta quarta-feira (6) aponta que os maiores volumes de crédito fictício foram de madeira das essências cedrinho, cambará, jatobá, cupiuba, maracatiara e sucupira. Em uma única empresa os agentes flagraram 6,7 mil metros cúbicos de crédito virtual.
Quanto à madeira em depósito, mas sem o devido crédito, havia garapeira, angelim amargoso e angelim pedra. O Ibama suspeita ainda que boa parte das madeiras tenha sido extraída das duas áreas indígenas do município.
"Grande parte é das terras indígenas, mas há outras vindas de outras áreas de exploração sem licença", finalizou o chefe de fiscalização.
O Ibama repassou parte do material apreendido para a prefeitura de Aripuanã, à Associação dos Idosos do município e à Fundação Nacional do Índio (Funai).

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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