Gado do Noroeste de MT será livre de febre aftosa sem vacinação a partir de setembro
O município de Rondolândia e partes de Aripuanã, Colniza, Comodoro e Juína entraram na Instrução Normativa nº 52, publicada em 14 de agosto pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e foram reconhecidos como livre de febre aftosa sem vacinação. A norma começa a vigorar em 1º de setembro deste ano.
“A mudança de status sanitário para livre de febre aftosa sem vacinação é um grande impulsionador econômico para o Estado, pois a carne mato-grossense alcançará mercados internacionais com melhores remunerações, que priorizam o comércio com áreas onde a vacinação contra a febre aftosa não é praticada”, avalia César Miranda, secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico.
O processo de transição de zonas livres de febre aftosa com vacinação para livre sem vacinação está previsto no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (Pnefa), conforme estabelecido pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). Os estados do Acre, Paraná, Rio Grande do Sul e Rondônia foram incluídos totalmente e, ainda, foram reconhecidas regiões do Amazonas.
Atualmente, no Brasil, apenas Santa Catarina possui a certificação internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação. Com isso, o ingresso de animais e produtos de risco para febre aftosa desses seis estados em Santa Catarina deve obedecer às diretrizes definidas para origem em zona livre de febre aftosa com vacinação, até o reconhecimento pela OIE como zonas livres de febre aftosa sem vacinação.
“Esta conquista é fruto de muitos anos de planejamento, engajamento da sociedade, iniciativa privada, produtores rurais, lideranças políticas e Governo do Estado e da participação dos servidores do Indea. Conta-se ainda com importante parceria com entidades ligadas ao setor pecuário, notadamente a Famato, Acrimat, Acrismat, Sindifrigo, Ovinomat e o Fesa, que por reiteradas vezes tem apoiado as medidas de prevenção contra a febre aftosa”, finaliza Marcos Catão, presidente do Instituo de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea).