Na Comunidade Chapéu do Sol, município de Acorizal (62 km ao Norte de Cuiabá), o agricultor familiar, João Emiliano de Almeida, investiu no cultivo irrigado do maracujá, numa área de três hectares. Ele espera colher 110 toneladas do fruto, na próxima safra.
O produtor adquiriu uma despolpadeira de frutas semi industrial que permite o aproveitamento da polpa, evitando o desperdício. A intenção é ampliar a área em mais dois hectares com o cultivo do maracujá irrigado para manter a produtividade o ano todo.
Numa área de 2,5 hectares teve uma produtividade de 40 toneladas por hectare e produziu 100 toneladas do fruto. “A primeira colheno plantil do maracujá”, comeita foi muito boa e deixou a família animada em investir no cultivo. Hoje estou obtendo uma renda maior com o maracujá”, diz João Emiliano.
Antes da fruticultura, o produtor cultivava mandioca, banana da terra e possuía criação de gado de leite. Para ampliação do cultivo do maracujá, o agricultor pretende financiar recursos na ordem de R$ 100 mil do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Mais Alimentos. Investindo assim na aquisição de equipamentos, irrigação e outros. Na próxima safra, com a ampliação da área para um total de 5 hectares, o produtor prevê produzir 180 toneladas de maracujá.
A produção é comercializada pela própria família. Os frutos maiores são vendidos in natura por R$ 4 o quilo. Os frutos menores vão para despolpadeira para produção de polpa que é comercializada por R$ 20 o quilo. O agricultor Almeida, fala da satisfação de produzir, colher e vender a produção.
Ele descreve que este é o melhor momento para oferecer ao consumidor uma fruta de qualidade e com ótimo sabor. “Ainda estamos aprendendo a cultivar. A tendência é aprimorar a cada lavoura e produzir frutos de qualidade. Essa atividade é rentável em nossa propriedade”, ressalta João Emiliano.
Proprietário de uma área de 10 hectares, o agricultor João Emiliano conta com a ajuda de sua esposa no trabalho da, Elisabete Sônia Ferreira, e do filho, Marcelo Júnior de Almeida. O cultivo do maracujá começou em 2018, como mais uma alternativa de renda e uma tentativa de diversificar a produção.
Com a venda de mais de dez toneladas de maracujá por mês, o produtor recebe orientações para o plantio. O técnico agropecuário da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Carlos Reis, explica que para o cultivo da cultura do maracujazeiro o agricultor recebeu orientações técnicas desde a correção do solo, adubação, plantio, poda, irrigação até a colheita do fruto.
“Outro fator importante são as medidas de prevenção e controle de doenças e pragas para minimizar as perdas da produção”, esclarece.
O técnico revela ainda que a polinização é feita de forma manual e diariamente. Essa atividade é realizada pelos agricultores para transferência dos grãos de pólen de uma flor para outra, no horário em que as flores estão abertas, entre 12h e 13 horas.
Ele explica que as flores do maracujazeiro abrem de maneira sincronizada, uma única vez, e devem ser fecundadas no período em que estão abertas. Uma flor não polinizada se fecha e cai, perdendo a oportunidade da formação do fruto.