Maior produtor da região Centro-Oeste, Mato Grosso apresentou, no 3º trimestre deste ano, um aumento de 2,5% na exportação do milho, em relação ao mesmo período de 2019. O estado foi o único com aumento. Os dados são da Secretaria Estadual de Comércio Exterior (Secex) e constam no último relatório da Aliança Agroeconômica, publicado na terça-feira (3).
Mato Grosso do Sul teve uma redução de 53% e Goiás, de 24%.
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A aliança é formada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e o Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (IFAG).
De acordo com o relatório, o maior volume de exportações de milho da região concentra-se no último semestre deste ano, no período pós-colheita.
No entanto, o levantamento também aponta que houve aumento do consumo interno do milho, puxado pela instalação de novas usinas de etanol de milho no país e o aumento na fabricação de ração animal.
Os dados apontam que o Centro-Oeste foi a primeira região do país que finalizou a colheita da safra 2019/20, com um crescimento de 6,2% na produção. Mato Grosso foi o que impactou diretamente nesse crescimento, já que registrou um aumento de 9,2% na produção entre as duas safras.
Só no último trimestre deste ano, o estado exportou mais de 10 milhões de toneladas de milho, que gerou uma receita de R$ 1,7 bilhão.
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Na safra de 2018/19, o estado produziu, em média, 32,4 milhões de toneladas de milho. Na última safra, a produção foi de 35,4 milhões de toneladas.
A soja também teve aumento na produção, que passou de 32,3 milhões de toneladas para 34,9 milhões.
O algodão e a cana-de-açúcar também registraram crescimento na produção.