Produtores "detonam" MP e defendem plantio da soja até março

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+ Agronegócio
Quarta, 17 Novembro 2021 | FolhaMax
Os produtores rurais de Mato Grosso têm mostrado descontentamento com a notificação expedida pelo Ministério Público do Estado (MPE) e Ministério Público Federal (MPF) que recomenda a manutenção do calendário de plantio de soja como medida para a prevenção da ferrugem asiática na cultura da soja. Ou seja, o MPE sugere que o plantio se encerre até 31 de dezembro. 
Recentemente a nova portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), instituiu o novo Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática, estendendo em 34 dias a semeadura de soja em Mato Grosso, com início em 16 de setembro e término em 03 de março de 2022. O ato atende a um anseio da maioria dos produtores representados pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT). Entretanto, na notificação o Ministério Público Estadual e Federal recomenda que os produtores mantenham o calendário de plantio de 16 de setembro a 31 de dezembro.  
O presidente do Sindicato Rural de Canarana, Alex Wisch, explicou que a medida é inviável e pode gerar prejuízos aos produtores. “Essa é uma situação que vem sendo almejada há muitos anos pelo produtor, principalmente, pelo pequeno produtor e a gente conseguiu comprovar com estudos científicos que não teria problema nenhum. Agora o Ministério Público quer barrar esse plantio e isso é péssimo, não existe motivo para proibir o produtor de produzir em uma melhor época”, disse Wisch ao FOLHAMAX.
“O produtor pode deixar de investir pelo menos R$ 4 mil por bag de sementes compradas. Ele pode até pagar menos, mas também deixará de ter lucros. Somente no município de Canarana temos em torno de 400 produtores, e uma coisa é fato não podemos perder esse calendário de plantio. Se plantarmos em dezembro corremos o risco de não conseguirmos colher essa soja lá na frente. Então, isso é totalmente inviável financeiramente”, acrescentou o presidente do sindicato.
Ainda segundo Wisch, os produtores do município devem ser reunir para tentar convencer os representantes do Ministério Público de que a portaria é um anseio de toda a categoria. “O que nós podemos fazer é nos reunirmos com os produtores e mostrarmos que isso é um anseio de toda a classe, não só de Canarana como no Mato Grosso em geral. O que o Ministério Público está propondo não tem cabimento, não podemos perder essa oportunidade. Há um descontentamento geral com essa notificação, pois calendário atual é o ideal para nós produtores”, concluiu.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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