Mato Grosso é um estado livre que pode exportar carne bovina para México, segundo Fichas de Requisitos Zoossanitárias (HRZ) publicado pelo Serviço Nacional de Saúde, Segurança e Qualidade Alimentar do México (Senasica). A carne bovina brasileira pode ser comercializada para o país a partir dessa semana, segundo informou o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), nesta terça-feira (08). O país americano abre mercado para o produto brasileiro com habilitação há 34 plantas frigoríficas.
O Serviço Nacional de Saúde, Segurança e Qualidade Alimentar do México (Senasica) publicou na última segunda-feira (06), as Fichas de Requisitos Zoossanitários (HRZ), por meio das quais estabelece as condições sanitárias para a importação de carne bovina segura originária de duas regiões do Brasil.
A primeira refere-se à Santa Catarina, cujo status sanitário reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) é livre de febre aftosa sem vacinação – mesmo reconhecimento do México -, pelo que esta entidade poderá exportar carne com osso fresca, refrigerada ou congelada.
A segunda região abrange as importações dos seguintes unidades brasileiras: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins, reconhecida pela OMSA com o status de livre de febre aftosa com vacinação.
O ministro da pasta, Carlos Fávaro destacou o momento histórico para as relações comerciais brasileiras e pontuou o momento que o setor da agropecuária brasileira vive com o registro atípico de “vaca louca”.
“É um momento histórico para as relações comerciais brasileiras, especialmente para a carne bovina. Apesar do momento difícil e curto que estamos superando sobre a detecção do mal da vaca louca, o Brasil mostra a potência e a grandiosidade da sua pecuária e a expansão de mercados está se tornando uma grande oportunidade para a retomada do crescimento desta atividade econômica. Habilitar 34 plantas frigoríficas para o México é um sonho de mais de uma década que o Brasil tinha e conseguimos realizar”, disse Fávaro.
Conforme o Canal Rural, a OMSA encerrou a investigação sobre o caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), o mal da vaca louca, registrado no Pará em fevereiro. Com o fim da apuração, a entidade reiterou o status sanitário do país em relação à doença.
“O Brasil nunca diagnosticou um caso clássico de EEB, mantendo, desde 2012, o reconhecimento oficial pela OMSA como país de risco insignificante para a doença“, afirmou a organização em relatório divulgado nesta semana. A entidade lembrou, ainda, que é apenas o sexto caso de EEB atípico tipo H registrado no Brasil em mais de 25 anos de vigilância da doença.
O laudo fornecido na última quinta-feira (2) pelo laboratório de referência OMSA, que fica em Alberta (Canadá), aponta que a doença detectada em um animal de nove anos no município de Marabá, no sudeste paraense, surgiu de forma espontânea no organismo do animal. Dessa forma, ressaltou-se que não há risco de disseminação no rebanho — e nem de infecção ao ser humano.