Agroconsult prevê aumento de 4% na produção de carne bovina do Brasil em 2014
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Sexta, 06 Junho 2014
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A produção cresce em meio à expectativa de exportações recordes neste ano do Brasil, maior exportador global de carne bovina, e firme demanda interna.
Segundo o coordenador do Rally da Pecuária, Maurício Nogueira, a demanda interna e externa deve ser suficiente para absorver o aumento da oferta no mercado.
A Agroconsult, organizadora da expedição, também estimou um aumento de 6,4 por cento este ano no número de animais confinados, importante indicador de mercado, embora a maior parte do rebanho seja criado no Brasil em sistema extensivo.
A terminação em confinamento no Brasil deverá atingir 4,66 milhões de cabeças em 2014, 310 mil cabeças a mais do que a expectativa da consultoria antes do início do Rally da Pecuária.
A estimativa da Agroconsult considera avaliações de associações de confinadores e outros indicadores técnicos, como a venda de ração, que são correlacionados aos dados levantados pela equipe do Rally da Pecuária, que na edição deste ano rodou por 55 mil km em nove Estados, que respondem por 75 por cento do rebanho bovino e 85 por cento da produção nacional de carne.
No confinamento, os animais são alimentados com ração e suplementos em sistema fechado durante os meses mais secos do ano, quando o pasto perde seu vigor nutricional.
Segundo Nogueira, trata-se de um processo cada vez mais usado no país como forma de aumentar a produtividade do rebanho e para fazer o manejo dos pastos, reflexo do crescente uso da tecnologia por pecuaristas no Brasil.
O diretor da Agroconsult, André Pessôa, ressaltou que esta estratégia foi observada nos últimos três ralis realizados.
"Estamos diante de uma revolução de tecnologia da pecuária brasileira. A gente fala muito da agricultura, e fica parecendo que a pecuária é o patinho feio. E isto está se transformando. É a terceira vez que vemos isso. E isso já esta trazendo impactos no mercado e nos preços", disse Pessôa.
As equipes da expedição técnica também observaram que 11,7 por cento das pastagens precisariam de intervenção no curto prazo para frear o avançado estágio de degradação.
"Cerca de 5 milhões de hectares precisam de reforma imediata", disse Nogueira.