Para Antônio, depois de três anos produzindo – e consumindo – somente produtos orgânicos, a satisfação é grande. “Até porque eu estou tratando da minha família com alimentos 100% saudáveis, e eu não estou te fazendo mal. Se você comprar lá na feira, eu tenho minha consciência super tranquila. Não estou vendendo um produto que faz mal pra ninguém. Eu não estou jogando veneno na minha água, para a 500 metros levar pra rio nenhum. Então eu tenho a minha consciência super tranquila”.
SOCIEDADE ORGANICA
Foi outro gaúcho, mas desta vez já acostumado com o consumo de orgânicos, que teve a ideia de conseguir uma alternativa mais barata de alimentação e criou a ‘Sociedade Orgânica’, em janeiro de 2016.
Em parceria com a Cooperangi, ele criou uma empresa que leva à casa dos clientes, semanalmente, uma cesta com folhas, verduras, legumes, frutas, raízes e temperos, todos orgânicos. O cliente pode escolher entre a cesta ‘solteiro’, por R$200 por mês, a ‘casal’, por R$250 por mês, e a família, por R$290 por mês (quatro cestas a cada 30 dias).
Atualmente, a Sociedade distribui 96 cestas por semana, e todos os produtos são do Assentamento Agroana Girau. Além do espaço da Cooperangi, os produtores também plantam em outras áreas certificadas, como o próprio sítio de Luperini.
Moisés, que está no projeto desde o começo, assume que ainda tem muito que crescer. “A gente já melhorou muito e gradativamente vai melhorando isso, esse aumento de produção, aumento de variedade. Mas ainda é muito pouco em relação ao que as pessoas querem. Quem consome orgânico e vê a diferença de sabor, de qualidade, e da durabilidade que é significativamente maior”, afirma. “Estamos trabalhando pra ter uma suficiência na produção, e para atender realmente o que o cliente está consumindo, porque ele quer cada vez mais variedades, mais produtos, que é a grande dificuldade de encontrar no mercado”, finaliza.