Na etapa de novembro de 2017, primeira após a inversão do calendário de vacinação contra a febre aftosa, 13.957.559 dos 13.990.525 dos animais de zero a 24 meses existentes em Mato Grosso foram vacinados, o que corresponde a 99,70% do total. Há 10 anos o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea/MT) alcança o patamar acima de 99%, resultado que contribui para que Mato Grosso avance ainda mais para a retirada da vacinação, o que deve ocorrer até 2021.
“O resultado é reflexo do trabalho desenvolvido pelas Unidades Regionais do Indea nas 100.934 propriedades envolvidas que pontuam os 99,7% da vacinação. Tivemos 891 propriedades sem registro da vacinação. Esses inadimplentes terão os cadastros bloqueados, serão visitados e terão que fazer a vacinação”, pontuou o presidente do Indea, Guilherme Nolasco.
Nos municípios de Cáceres e Pontes e Lacerda, que concentram grandes rebanhos, a vacinação atingiu quase a totalidade do rebanho. Para Nolasco, os animais que não foram vacinadas estão em pequenas propriedades como sítios, chácaras na baixada cuiabana, que têm os animais como subsistência.
Houve na etapa de novembro, um crescimento de 2 milhões de cabeças vacinadas, por conta da inclusão do baixo pantanal com cerca de 700 mil cabeças. Essa tendência de crescimento, segundo o presidente do Indea, é positiva no sentido de continuidade. “Vamos consolidar esses números em maio deste ano, quando ocorrerá outra etapa de vacinação contra aftosa, e tudo indica que vamos atingir mais de um milhão no crescimento do rebanho”, frisou Nolasco.
O Indea-MT acompanhou vacinações oficiais em 3.037 propriedades, totalizando 721.157 bovinos, em regiões de fronteira, na Ilha do Bananal e áreas indígenas.
Acompanharam o balanço da campanha o superintendente Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Estado de Mato Grosso (SFA/Mapa), José de Assis Guaresqui, o diretor técnico da Acrimat, Francisco Manzi e o presidente do Sindicato Rural de Cuiabá, Jorge Pires de Miranda.
O Indea e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) são os órgãos oficiais responsáveis pela regulamentação, divulgação, educação sanitária, controle e fiscalização da vacinação, cabendo ao produtor arcar com a aquisição da vacina. Os órgãos atuam em parceria com entidades como Famato, Acrimat, Acrismat, Sindicato das Indústrias de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo), Associação Matogrossense dos Criadores de Ovinos (Ovinomat) e o Fundo Emergencial de Saúde Animal do Estado de Mato Grosso (Fesa).
Abate de fêmeas
No comparativo de abate de bovídeos 2016-2017, os números demostram um crescimento para o abate de fêmeas, alcançando 42% em 2017 contra 30% delas em 2016. Parte desse acréscimo se deu, segundo o presidente do Sindicato Rural de Cuiabá, Jorge Pires de Miranda, devido às políticas de governo para com o segmento. “A diminuição do abate de machos está em parte condicionada a redução do ICMS dada pelo Governo do Estado para o transporte do boi em pé para fora do Estado, que favoreceu para que o animal fosse abatido em outros estados. E no caso da fêmea, o trabalho foi da porteira para dentro, que fez o produtor entender ser inviável manter a fêmea vazia dentro da propriedade”, explicou o presidente do Sindicato Rural de Cuiabá, Jorge Pires de Miranda, que elogiou o trabalho que vem sendo executado pelo Indea, uma vez que com esse status de quase 100% de vacinação atingida, contribui para garantir o produto no mercado interno e externo.
“O Indea está comprometido com o desenvolvimento do setor produtivo do Estado. Os dados nos mostram acertos nas decisões tomadas”, completou o superintendente Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Estado de Mato Grosso(SFA/Mapa), José de Assis Guaresqui.