O sol forte e a pouca chuva do período de estiagem já começara. Até setembro, são muitos dias secos pela frente. Neste período, o assentamento Santo Antônio da Fartura, em Campo Verde, a 139 km de Cuiabá, que abriga cerca de 700 famílias, busca alternativas para manter o rendimento no campo.
Entre as opções está o cultivo de legumes. “No tempo da chuva, a gente trabalha mais com a parte de folhosas, e agora não, a gente trabalha mais sortido”, afirmou o produtor Divino da Cunha.
Na chácara dele, que tem 18 hectares, o brócolis e a couve-flor têm mais saída nessa época. Ele também entrega pimenta-de-cheiro e tomate.
A venda é feita diretamente para os mercados de Cuiabá.
No assentamento, entretanto, nem todas as famílias fazem a venda direta. Em 2010, uma cooperativa foi criada para ajudar os produtores. Atualmente, já são 120 associados.
A associação ajuda na entrega dos produtos que são levados para Rondonópolis e Cuiabá e na compra de itens essenciais para o cultivo.
“A dificuldade desses produtores em adquirir insumo, sejam um saquinho de substrato, adubo, irrigação, era muito grande. Pensando nisso, foi criada a cooperativa”, contou o administrador do grupo Ayrton Ramiro.
Além de administrador da cooperativa, Ayrton produz no sistema de hidroponia e semi-hidroponia. Entre os produtos estão o tomate e o pimentão.
Na estiagem, a produção de hortaliças diminui. "No período de seca a gente prefere até sair um pouco do plantio de alface, porque na seca existe uma oferta muito grande de alfaces, de folhosas, na Baixada Cuiabana. Com isso a gente já procura diminuir um pouquinho a produção aqui”, finalizou.