Nos penâltis, o Brasil venceu nesta terça-feira (3) o México por 4 a 1 em jogo dramático na semifinal do futebol masculino e irá defender em Tóquio 2020 o ouro olímpico conquistado na Rio 2016. A seleção jogará a final neste sábado (7) no Estádio Internacional de Yokohama, palco do penta mundial em 2002, contra o vencedor do duelo entre Espanha e Japão.
A chegada a terceira final consecutiva desde Rio 2012 sedimentou o legado do Brasil como uma potência no futebol olímpico. Com pelo menos a prata assegurada, o país é o que mais ganhou medalhas na história da modalidade, com sete pódios conquistados em todas as edições.
A partida na manhã desta terça-feira (3) também marcou mais um embate duríssimo com os rivais mexicanos – algozes na final da futebol em Londres 2012 e figurinhas marcadas nas últimas Copas do Mundo – que desta vez terminou em final feliz para os brasileiros.
O jogo começou com controle quase total do Brasil, que manteve a posse de bola. O México, porém, já levou perigo à meta brasileira aos dez minutos do primeiro tempo, em cabeçada de Martín após escanteio.
Nos minutos seguintes, os canarinhos iriam ganhar ainda mais espaço com a bola. Ótimas chances vieram com Arana, que ficou livre para chutar cruzado na área após ótima troca de passes, e com Dani Alves, em cobrança de falta.
Antony e Douglas Luiz quase acharam o gol ao arranjar penâlti para o Brasil em boa jogada pela ponta direita. Mas o juiz, com ajuda do VAR, voltou atrás na sua marcação.
Mesmo sem o penâlti, o jogo parecia encaminhado e a seleção abafava os adversários sem ser incomodada. Foi aí que o México começou a igualar o jogo com sua proposta de contra ataque. Foram dois, quase mortais, que quase abriram o placar contra o Brasil.
Segundo tempo
Na segunda etapa os dois times entraram em ritmo muito menor e fizeram jogo bem mais truncado. Foram poucas chances, alguns impedimentos e várias faltas dos dois lados. Nenhuma das equipes conseguiu criar ataques bons nos minutos iniciais.
A morosidade foi quebrada de vez aos 36, quando Dani Alves achou Richarlison na área. O "Pombo" fez ótimo cabeceio, que bateu na trave e ainda sobrou para ele mesmo completar. Sem ângulo, o atacante tentou servir Martinelli, mas o gol acabou não saindo.
Aos 39, o México responderia cobrando falta para obrigar mais uma boa defesa do goleiro Santos, que fez ótimo jogo na etapa regulamentar. Fora isso, o final e os acréscimos trouxeram mais tensão, mas pouco futebol.
Na etapa final, quem mais chamou atenção em campo foi o árbitro búlgaro Georgi Kabakov. Ele irritou muito os brasileiros ao marcar faltas e distribuir cartões amarelos (quatro para os mexicanos e quatro para o Brasil).
Prorrogação
Na prorrogação, com os dois times cansados, o jogo continuou ruim. O México pouco criou e não se propôs a sair para o jogo. O Brasil conseguiu encaixar uma jogada boa e só levou perigo com chute do lateral Arana, de longe, que chegou parte da trave do goleiro Ochoa. O México, de novo, teve chance em bola alçada na área.
A segunda etapa foi pior ainda, sem nenhuma chance criada e ainda mais faltas. O jogo acabou indo para os penâltis.
As penalidades máximas começaram com cobrança do capitão Dani Alves, que chutou bem e marcou. Eduardo Aguirre, do México, cobrou muito mal e teve bola defendida pelo goleiro.
Martinelli, na segunda cobrança, não deu chance para os mexicanos encostarem e acertou o gol. Johan Vasquez acertou a trave e deixou a situação do seu time ainda mais dramática. Em seguida, Bruno Guimarães fez mais um para o Brasil: 3 a 0.
Na cobrança que poderia eliminar o México, Carlos Rodriguez acertou e garantiu um respiro aos mexicanos. Reinier, porém, não desperdiçou a sua cobrança também e acabou com o jogo.