O presidente do Cuiabá Cristiano Dresch quebrou o silêncio e admitiu que errou na condução do time nesta temporada de rebaixamento.
Nosso rebaixamento, eu assumo a responsabilidade, foi da gestão que é minha
A declaração, divulgada nesta sexta-feira (13), foi dada ao podcast “Dinheiro em Jogo”, apresentado pelo jornalista Rodrigo Capelo, no site Globo Esporte.
Após quatro anos na Série A, o Dourado ficou na lanterna do campeonato e acabou rebaixado para a Série B. Segundo o presidente, o fracasso não se deveu à falta de recursos. Mas admitiu que durante a janela de transferência do meio do ano preferiu segurar o caixa.
“Nosso rebaixamento não é por falta de dinheiro. Nosso rebaixamento, eu assumo a responsabilidade, foi da gestão que é minha. O Cuiabá tem dois donos, mas a gestão é minha, eu tomo as decisões e eu errei. Mas é óbvio que, tendo mais dinheiro, por exemplo... Numa janela de transferência que a gente teve no meio do ano, qual foi a nossa postura? Tirar o pé para não contratar”, afirmou.
“A gente não tinha condições de trazer e investir em contratações. Eu acabei preferindo tirar o pé do acelerador nem que o clube caia, mas não vai cair endividado”, disse.
O cartola, no entanto, afirmou que na virada de 2023 para 2024 o time estava bem e as perspectivas pareciam boas.
“Um clube como o Cuiabá é visto como um trampolim pelos atletas e treinadores. Pela primeira vez, a gente virou ano com um treinador. António Oliveira fez a melhor campanha do Cuiabá na Série A. Mantivemos o técnico, fizemos um projeto de elenco desenhado em cima do trabalho do António Oliveira”, recordou.
O presidente disse ainda que, em fevereiro, o time sofreu um baque com a saída do treinador, que foi contratado pelo Corinthians. “A reposição de um treinador foi o grande problema que eu tive. Demorei muito para contratar um técnico”, admitiu.
E a substituição também, conforme Dresch, não foi a contento, já que o substituto, o também português Petit, não se adaptou ao futebol brasileiro e decidiu sair. “Foram casos inéditos que eu tive aqui, no mesmo ano, dois treinadores pediram demissão. Acredito muito que se o Petit tivesse continuado, a gente teria conseguido. Mas isso são águas passadas.”