Corte de ponto de professores começa 2ª feira; ano letivo termina em março
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Sábado, 12 Outubro 2013
| DA REDAÇÃO
Após dois meses, professores são relutantes em aceitar proposta do governo, que afirma estar no limite das negociações
Os professores que não comparecerem às salas de aula a partir dessa segunda-feira (14) já terão o dia descontado da folha de pagamento. A afirmação é da secretária de Educação do Estado, Rosa Neide (PT).
Contudo, diante do impasse e dificuldade na negociação, a medida do governo do Estado para “intimidar” a classe, que já protagoniza uma das maiores mobilizações da história, caminha para não surtir efeito.
Isso porque a categoria reivindicou que um Projeto de Lei com plano de carreira para os professores do Estado seja aprovado na Assembleia Legislativa. O governador Silval Barbosa (PMDB), no entanto, encaminhou para a Casa de Leis a mesma mensagem que fora recusada, que consiste em conceder reajuste salarial pelos próximos dez anos, a partir de maio de 2014.
A ordem do corte do ponto dos profissionais foi anunciada pelo chefe do Palácio Paiaguás no último dia 30. Na oportunidade, o peemedebista também assegurou que iria cancelar contratos de profissionais temporários e abrir processos administrativos contra os efetivos que continuassem em greve.
Após a ameaça e resistência dos professores em retornar ao trabalho, a Assembleia Legislativa chegou anunciar que iria suspender as sessões deliberativas da Casa de Leis, enquanto o governador não conversasse com a categoria. O pronunciamento foi feito pelo deputado José Riva (PSD) na última quarta-feira (9).
A mobilização, que já completou 60 dias, afeta diretamente 36 mil servidores públicos e mais de 400 mil alunos.
REPOSIÇÃO DAS AULAS
A secretária estadual de Educação, Rosa Neide, em entrevista ao HiperNotícias, afirmou que a Seduc atualiza diariamente o calendário de reposição de aulas pós-greve. Segundo a gestora da pasta, caso a paralisação se encerre na segunda-feira, o ano letivo de 2013 acabará em março de 2014.
Questionada sobre a possibilidade dos estudantes de terceiro ano que pretendem prestar vestibular saírem prejudicados, Rosa Neide assegurou que a Seduc vai interceder junto às escolas para que tal situação não ocorra.
“Pedimos que os alunos se inscrevam nos vestibulares normalmente e, no início das aulas da universidades, vamos encaminhar ofício para que as matriculas sejam feitas”, finalizou.