A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso concedeu habeas corpus a João Arcanjo Ribeiro, preso no dia 29 de maio suspeito de comandar o jogo do bicho em Mato Grosso. A decisão foi proferida nesta quarta-feira (25).
Agora a decisão vai ser encamarinhada ao juiz da Execução Penal que definirá de que forma João Arcanjo Ribeiro vai continuar cumprindo a pena que ele foi condenado, já que antes de ser preso preventivamente, cumpria pena com tornozeleira eletrônica e medidas cautelares.
A Operação Mantus, que culminou na prisão de Arcanjo, foi deflagrada pela Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz) e pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) para o cumprimento de mandados expedidos pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu.
As investigações iniciaram em agosto de 2017, conseguindo descortinar duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho em Mato Grosso e que movimentaram em um ano, apenas em contas bancárias, mais de R$ 20 milhões. Uma das organizações seria liderada por João Arcanjo Ribeiro e seu genro Giovanni Zem Rodrigues, já a outra por Frederico Muller Coutinho.
João Arcanjo Ribeiro, conhecido como “Comendador”, é acusado de liderar o crime organizado em Mato Grosso, nas décadas de 80 e 90, além de estar envolvido com a sonegação de milhares de reais em impostos, entre outros crimes.
No ano de 2002, Arcanjo foi alvo da operação da Polícia Federal, Arca de Noé, em que teve o mandado de prisão preventiva expedido pelos crimes de contravenção penal, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídio. A prisão do bicheiro foi cumprida em abril de 2003 no Uruguai. Arcanjo conseguiu a progressão de pena do regime fechado para o semiaberto em fevereiro de 2018, após 15 anos preso.