Com R$ 24,4 mil, delegados de MT são os mais bem pagos do Brasil

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Sexta, 04 Outubro 2019 | FolhaMax
A PJC (Polícia Judiciária Civil) de Mato Grosso paga o maior salário do País aos seus delegados: R$ 24.451,11, de acordo com estudo feito pelo Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo. A título de comparação, São Paulo aparece com o penúltimo Estado em termos de remuneração, com R$ 9.888,37.
Num cálculo simples, os mato-grossenses ganham o dobro e quase um terço acima de seus colegas paulistas. Também são quase três vezes mais ricos que os pernambucanos (R$ 9.069,81) e as coisas só se aproximam de nós a partir do Rio Grande do Sul (R$ 20.353,06), quarto colocado no ranking.
A boa posição do índice de remuneração explica os altos índices de concorrência aferidos a cada concurso público. No último realizado em meados de 2018, chegou a impressionantes 60 candidatos por vaga.
Fato curioso é que com tudo isso, há um déficit de pelo menos 50% nos efetivos da PJC, conforme admitiu recentemente o delegado geral, Mário Demerval. Um certame estava marcado para acontecer este ano, mas o governo do Estado mandou cancelar o edital. A alegação foi a crise econômica pela qual o Estado passa.
“Tínhamos 270 delegados em 2014. Vamos fechar este ano com menos de 200. De forma geral, temos um déficit de cerca de 50% do nosso efetivo. A perspectiva de aposentadoria até o final do ano é de 200 policiais. Tenho 21 delegados aptos para a aposentadoria”, disse em entrevista no último dia 28 de junho.
No total geral, a PJC tem um efetivo total de 2,9 mil policiais, de acordo com números oficiais do site da instituição, mas para suprir a demanda, esse número precisa dobrar, lembra o delegado geral, porque a queda do número de profissionais de segurança pública específicos daquela polícia tem sido exponencial e anual. Três anos atrás o contingente chegava a 3,5 mil policiais e a previsão para 2020 é que chegue a o 2,7 mil.
“Nosso lotacionograma ideal seria de 5,6 mil. Dificilmente chegaríamos a esse número, mas é o ideal. Precisaríamos de concurso público, nomeações, mas temos que considerar a época de crise e de austeridade da gestão estadual”, disse, tentando agradar o chefe Mauro Mendes (DEM), complementando que o governo do Estado tem travado diálogo constante com a força policial.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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