Após cortar salários, prefeito de Rosário Oeste ameaça demitir profissionais

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Sábado, 02 Novembro 2013 | DA REDAÇÃO
A greve dos profissionais da educação do município de Rosário Oeste (45km de Jangada), iniciada no dia 23 de setembro, parece estar longe de se encerrar. A situação vem complicando cada vez mais nos últimos dias.
Os educares cobram a aplicação do piso salarial de R$ 1.567 para os professores e funcionários profissionalizados e a aplicação dos 75% para os não profissionalizados; a adequação da folha de pessoal à receita da educação; apresentação de cronograma para a reforma e adequações na rede física; apresentação de medidas concretas para resolver problemas com transporte escolar, merenda, aquisição de materiais didáticos e equipamentos das escolas; garantia de transparência na aplicação dos recursos da educação.

João Balbino “endurece” postura, corta salários e ameaça demitir profissionaisJoão Balbino “endurece” postura, corta salários e ameaça demitir profissionais

Os profissionais tiveram os salários que deveriam ser pagos no dia 31 cortados. O corte de ponto foi anunciado pelo prefeito João Balbino. Mas, mesmo diante das ameaças os educadores da rede municipal não suspenderam a greve por tempo indeterminado.
Após cortar os salários, o prefeito ameaça agora demitir os professores e contratar novos profissionais. “...Caso os professores não voltem até semana que vem, iremos contratar novos professores para substitui-los, para que nossas crianças não fiquem ainda mais penalizadas”, disse João Balbino através do Facebook.
Sem salários, os educadores fizeram um “panelaço” pelas ruas do município na manhã desta sexta-feira. Em seguida, o manifesto realizou um “enterro” simbólico do prefeito. O corpo do gestor simbolicamente seguia em cima de um carro aberto enquanto os professores seguiam em passeata atrás e anunciavam a “morte” do prefeito.
Ao chegar a sede da prefeitura o corpo do falecido simbolizado por um boneco foi depositado em frente a galeria dos ex-prefeitos que fica no saguão da prefeitura. Com o corpo em cima da mesa os educadores grevistas agiram como se estivessem em um velório normal e velaram simbolicamente o corpo do prefeito.
O prefeito não estava no prédio e seus assessores chamaram a polícia para controlar a situação. A polícia apenas orientou os manifestantes.
OUTRO LADO
Em seu site oficial, a prefeitura de Rosário Oeste divulgou uma nota, onde frisou que “desde 2009 a Prefeitura vem negociando com a categoria, conseguindo avanços significativos, como aprovação do novo PCCS da Educação (Lei Municipal 1243/2011), na aquisição de mais veículos próprios para realização dos serviços de transporte escolar, e adequação salarial em conformidade com o piso salarial da categoria”.
A nota emitida pela administração Rosariense ainda insinua “motivos desconhecidos” atrás da greve.
“Infelizmente motivos escusos se escondem através do movimento, que deveria ter cunho legitimo, posto que enquanto o ente público sempre se manteve a disposição para novas negociações, chegando a disponibilizar através da Portaria Municipal a abertura das finanças publicas municipais para analise e elaboração de propostas viáveis para solucionar o conflito laboral”
O corte de ponto, segundo a nota da prefeitura, foi concedido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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