Professores exigem testagem em massa para retorno das aulas em novembro em MT

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Segunda, 27 Julho 2020 | FolhaMax
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Valdir Pereira, afirmou que é preciso que o governo invista na infraestrutura das escolas públicas e adaptações sejam feitas, antes do retorno das aulas presenciais previsto para novembro, para evitar que haja uma nova onda de contaminação por Covid-19. A entrevista foi concedida ao Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real, na última terça-feira. “Antes, penso que é preciso ter garantia de que a pandemia esteja controlada. Depois, as escolas precisam ser adequadas, munidas de todas medidas sanitárias para que os pais tenham tranqüilidade de mandar seus filhos para a escola e também para que os trabalhadores não sejam contaminados juntamente com as crianças”, afirmou.
Segundo ele, a decisão da retomadas das aulas presenciais, possivelmente, em novembro, não foi discutida com o Sindicato ainda. Entretanto, os trabalhadores esperam debater essas questões em uma reunião com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
O presidente deve expor as adequações que o sindicato considera necessárias para que as aulas voltem ao normal. Uma delas é a obediência às orientações da Organização Mundial da Saúde, que é o distanciamento entre os estudantes. “Hoje, conforme o espaço físico das escolas estaduais, comportariam praticamente a metade dos estudantes que a gente tem”, declarou. 
Além disso, o presidente lembrou a necessidade do uso constante da máscara tanto para alunos, quanto para os profissionais. Também defende isposição de álcool em gel, tapete higiênico para a limpeza dos pés ao entrar na sala de aula. “A maior preocupação maior são as crianças menores. É necessário que o governo invista na infraestrutura das unidades, como bebedouros, onde, na maioria das escolas, os alunos têm contato direto com as torneiras. Os banheiros também precisam de atenção, bem como, o aumento do quantitativo de pessoal para dar conta da limpeza constante e permanente das unidades escolares”.
Segundo Valdeir, essas são algumas das medidas a serem tomadas, sem falar do controle massivo por meio de exames de PCRs na população escolar, tanto da família quanto o estudante para se ter, efetivamente, controle de infecções. De acordo com o Sindicato, é uma reclamação legítima dos contratos temporários do segundo e do terceiro calendário.
No entanto, para retomada do ano letivo o governo modificou as ‘regras do jogo’, determinando que fossem atribuídas aulas adicionais a quem já é efetivo. Dessa forma, os professores temporários ficaram sem empregos. “A gente tem uma leve desconfiança de que esse movimento do governo é por duas questões. Primeiro para esconder as vagas do concurso público, porque tem um pessoal classificado que deve ser chamado. A outra questão é para negar o direito ao auxílio emergencial para os professores. Ele não cumpriu e as pessoas estão desamparadas”, lamentou.
Ainda segundo ele, a atitude do governo é um desrespeito à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), que aprovou o auxílio emergencial para os professores. O governo vetou, os deputados derrubaram o veto e mesmo assim, a lei aprovada não foi cumprida. “Estamos esperando do deputado Botelho voltar e vamos buscar uma conversa com ele para ver quais medidas podem ser tomadas. Isso é um desrespeito não só com a categoria, mas com os princípios democráticos. A ALMT aprova a lei, o governo não sanciona e ainda declara que não irá cumprir com aquilo que está previsto na lei. Ou seja, lei para o cidadão comum é feita para ser cumprida, mas a exemplo do circulou aí no final de semana as respeito de um desembargador, as autoridades selecionam quais são as leis que eles irão cumprir”, desabafou.
A ALMT também aprovou um projeto de Lei que previa a distribuição de auxílio alimentação para alunos em situação vulnerabilidade e o governador vetou. O presidente do Sintep informou que, nos últimos dois meses, a Seduc distribuiu o ‘Kit Alimentação Escolar’ para os alunos que são cadastrados no Programa Bolsa Família. “Agora, isso deveria ser expandido porque muitos pais perderam o emprego e estão sem renda, neste momento, e precisariam ser beneficiados por este kit. Isso faria muita diferença”, concluiu.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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