O Instituto Médico Legal (IML) está lotado e a unidade deve ser fechada temporariamente ainda neste mês. Com capacidade para armazenar 24 corpos, o IML está sem espaço para atender a demanda.
Dessa forma, será realizado uma manutenção para “esvaziar” o local. “A ideia é reduzir o número de cadáveres. Alguns já ultrapassaram o tempo legal de conservação.”, revelou Dionísio José Bochese Andreoni, diretor do Instituto.
Como existem casos em que o DNA confirmou o parentesco, procura-se evitar o enterro como indigente. Mas o que tem ocorrido com frequência é que a família não procura para o sepultamento. Os corpos podem permanecer por 30 dias no IML.
“Foram colhidos materiais para exame de DNA e as famílias não procuraram. Nesse caso serão enterrados como indigentes”, finaliza Dionísio.
Enquanto o IML não fecha as portas para manutenção, a medida adotada é conservar mais de um corpo em uma única gaveta. “Se morrer mais alguém será guardado um sobre o outro. O que não pode é deixar o corpo estragar”, disse Jura, técnico em necrópsia.
Uma das explicações para a lotação, segundo o técnico é que muitas pessoas também tem medo de procurar o IML e se deparar com a confirmação dos fatos.
Além disso, o alto número de mortes decorrentes de homicídio e acidentes de trânsito contribui para a lotação da unidade.