O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, nesta sexta-feira (16), os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira (Ideb). O ensino básico em Mato Grosso alcançou a taxa de 5,8. Já o índice dos estudantes do ensino médio é de 3,7. A meta para os dois grupos é 6.
A pesquisa é divulgada desde 2007 para medir a qualidade do ensino público e privado no país. No ensino básico, Mato Grosso aparece na 10ª posição entre os 26 estados e o Distrito Federal. Segundo o Inep, o índice caiu de 5,9, em 2019, para 5,8, em 2021.
Em relação somente à educação pública, o índice é de 5,5, enquanto o ensino privado possui taxa de 7,2.
O levantamento ainda traz um outro índice: o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que mede o desempenho das crianças em disciplinas como matemática e língua portuguesa. Esse índice varia de 0 a 500.
Conforme a pesquisa, no Ensino Básico do estado, matemática teve índice de 213,73 e língua portuguesa, 205.80. Em 2019, eram 221,93 e 210,39, respectivamente.
Em relação ao ensino médio, Mato Grosso aparece na 21ª posição, com índice de 3,7, e subiu uma posição no ranking dos estados. Em 2019, a taxa era de 3,6.
Na região Centro-Oeste, na mesma faixa analisada, o estado fica em último lugar. Em primeiro, aparece Goiás e Distrito Federal, empatados com 4,5, depois, Mato Grosso do Sul, com 3,8.
Em relação aos dados do Saeb, em matemática, o estado possui atualmente avaliação de 263,70; em Língua Portuguesa são 268,61 pontos. Na avaliação anterior, as disciplinas alcançaram 271,33 e 271,73, nesta ordem.
O g1 entrou em contato com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), mas não obteve retorno sobre os índices até o momento.
Como é calculado?
As médias de desempenho são realizadas a cada dois anos. As metas estabelecidas pelo Ideb têm o objetivo único de alcançar 6 pontos, média correspondente ao sistema educacional dos países desenvolvidos. A escala vai de 1 a 10.
O Ideb é calculado através da taxa de aprovação/fluxo escolar (a porcentagem de alunos que não repetiram de ano em uma escola ou rede de ensino) e as notas do Saeb, que é uma prova de português e de matemática aplicada aos alunos.
Os novos dados de 2021 devem ser interpretados com cautela. Segundo especialistas ouvidos pelo g1, os dados: foram colhidos em condições que acabaram “mascarando”, de forma não intencional, o verdadeiro retrato da educação brasileira na pandemia.
Só que, neste ano, os dois índices foram comprometidos porque parte das redes de ensino adotou a aprovação automática na pandemia (e terá, portanto, um Ideb artificialmente mais alto). Além da porcentagem de alunos que fizeram a avaliação ser muito mais baixa em alguns estados, fornecendo dados estatisticamente pouco confiáveis.