Ouro, calcário, manganês, água mineral, estanho, diamante, agregados de construção civil (areia, brita) e zinco. Esses são os oito minérios mais explorados em Mato Grosso. Somente em 2022 foram produzidos R$ 6,8 bilhões, o que deixa o Estado em 6º no ranking dos maiores produtores de minérios do país.
Cerca de 80% da produção mato-grossense é de ouro e calcário. Foram recolhidos R$ 109,2 milhões no pagamento da taxa de Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM). Deste total, R$ 16,3 milhões retornaram para o Estado. Metade do recurso é destinado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), 25% para a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e 25% para a Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat).
Nobres lidera os valores de repasses do CFEM em 2022, com o recolhimento de R$ 18,9 milhões, seguido por Poconé (R$ 12,5 milhões), Peixoto de Azevedo (R$ 10 milhões), Pontes e Lacerda (R$ 9 milhões) e Nossa Senhora do Livramento R$ (8,3 milhões).
Contudo, com a entrada da produção da NEXA em Aripuanã com a exploração de zinco, cobre, chumbo e ouro, a expectativa é de que o município se torne o principal produtor de minérios do Estado.
“Mato Grosso produz apenas em 0,5% do território e é o 6º em produção nacional. O Estado tem potencial para aumentar mais, mas não tem a tradição de pesquisa mineral como Goiás e Bahia, que ocupam o 4º e 5º lugar, respectivamente”, explica o geólogo da Metamat, João Antônio Paes de Barros. Ele informou ainda que a liderança é de Minas Gerais e Pará pela riqueza de minérios no subsolo.
Há minério em tudo
O uso de minérios está presente no dia a dia. Somente os celulares são compostos por índio, cobre, lítio, neodímio, tântalo e ouro. Para se construir uma casa são utilizados calcário, ferro, alumínio, bauxita, zinco, níquel, dentre outros.
“A Metamat tem a função de fomentar a atividade, dar orientação técnica e fortalecer as cooperativas. A mineração gera riqueza para os municípios e uma alternativa de geração de empregos, que é um dos problemas mais recorrentes do nosso país”, destacou o presidente da Metamat, Juliano Jorge.
Ele destacou ainda que a atividade da mineração esteve estagnada por mais de 20 anos com o valor da produção mineral em um patamar entre 1,2% a 2,4% do PIB de Mato Grosso. Contudo, nos últimos cinco anos houve crescimento da atividade, atingindo cerca de 4,2% do PIB, em 2021.