O presidente Lula (PT) decidiu que vai voltar a cobrar a tributação de PIS e Cofins, dois impostos federais, sobre os combustíveis. A reoneração vai ser de forma gradual, a partir de março. A previsão do governo é arrecadar R$ 28 bilhões até o final do ano.
Segundo o blog do jornalista Valdo Cruz, do G1, um assessor presidencial afirmou que a tributação de PIS e Cofins sobre gasolina e etanol “não volta total de uma vez, mas a arrecadação prevista pela Fazenda será mantida”.
Ou seja, a reoneração não será integral a partir de março, mas a previsão da equipe de Fernando Haddad de arrecadar R$ 28 bilhões será mantida.
A proposta ainda está sendo desenhada e não há previsão de como será a cobrança, mas ela deve acontecer a partir de março. A ideia é que toda arrecadação extra, de R$ 28 bilhões, venha da tributação de combustível, majoritariamente de produtos fósseis.
Atendendo às pressões da ala política, que é contra a volta integral da tributação para não gerar mais inflação e aumento elevado no preço da gasolina e do etanol, Lula decidiu fazer a cobrança de forma gradual. O plano completo deve ser divulgado até amanhã (28), último dia da desoneração.
A desoneração foi medida aprovada no governo Bolsonaro quando a guerra da Ucrânia fez com que os preços disparassem no Brasil com a gasolina chegando a custar R$ 7 em MT. A volta dos impostos não atingirá o diesel, cuja desonaraçãos segue conforme previsto no ano passado, até dezembro deste ano.
Antes da desoneração, os valores cobrados de impostos eram de até R$ 0,69 por litro da gasolina e de R$ 0,24 por litro de etanol.