O governador Mauro Mendes (União) anunciou que vai se reunir nesta terça-feira (30) com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para tratar da viabilidade da Ferrogrão.
A Suprema Corte julga uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) que questiona a lei que alterou os limites do Parque Nacional Jamanxim, no Pará. A alteração viabilizaria as obras ferrovia.
Com cerca de 1.000 km de extensão e um custo de R$ 20 bilhões, a ferrovia escoaria grãos de Mato Grosso pelo chamado Arco Norte, na Amazônia, indo de Sinop (MT) e a Miritituba (PA), no rio Tapajós.
Sem revelar nomes, Mendes afirmou que o encontro será com três ministros da Corte. “Eu tenho três audiências com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para falar sobre a Ferrogrão”, disse.
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Na semana passada, a Advocacia Geral da União (AGU) mudou de posicionamento a respeito da limitação do parque no Pará e se posicionou, desta vez, pela inconstitucionalidade da lei. Entre os argumentos, disse que a lei que altera os limites do parque não dá “contrapartida ambiental”.
Para Mendes, o argumento é pequeno, classificando-o como “lesa pátria”.
“Quando temos a possibilidade de fazer uma ferrovia que vai correr ao longo da rodovia existente que passa muito longe de qualquer terra indígena, [a AGU] arrumar um detalhezinho, desse tamanhozinho... Isso é um absurdo. Eu chamo isso de lesa-pátria”, disse.
“Infelizmente no Brasil, coisas terciárias, que não são nem secundárias, ganham grande dimensão”, completou.
O governador ainda apontou que a o modal não é poluidor, já que emite menos gás carbônico se comparado a veículos movidos a combustíveis fósseis, e a sua implantação trará desenvolvimento e gerará emprego no Estado.
“Há interesse da competitividade de Mato Grosso, da geração de emprego, de ter um meio de transporte que seja ambientalmente muito mais viável, porque não dá para comparar o quanto que se emite de poluição de carbono na atmosfera transportando todos aqueles milhões de carretas queimando óleo diesel e pneu, do que numa ferrovia que não vai ter impacto nenhum”, disse.