O governador Mauro Mendes (União) disse que os professores da rede pública estadual que aderirem à paralisação desta quarta-feira (28) terão os pontos cortados, segundo determina a Justiça. O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) realiza a Marcha Estadual dos Trabalhadores da Educação, com aderência da maior parte dos professores, na manhã de hoje.
“O Supremo Tribunal Federal já manifestou a esse sentido e nós aplicamos lá em 2019. Qualquer servidor que fizer greve é falta e corte de ponto, cabe ao sindicato entrar na Justiça e provar que aquele movimento é legal. Ponto. Isso não é uma decisão do governador Mauro Mende, isso é uma decisão do Supremo Tribunal Federal que já decidiu nesse sentido”, disse Mauro.
O governador ainda fez questão de ressaltar as melhorias promovidas na educação pública do estado, baseadas no princípio da meritocracia, assim como o fato de o Estado de Mato Grosso pagar o terceiro melhor salário do país aos professores.
“Posso dizer com muita tranquilidade que hoje nós temos o terceiro melhor salário do país, todo mundo sabe disso, que nós estamos fazendo os mais importantes e relevantes investimentos que a educação já experimentou talvez em todos os tempos, investimos em tecnologia, melhoramos a qualidade da sala de aula, investimos em infraestrutura, tem recurso do PDE, tem recurso para manutenção das escolas, nós conseguimos colocar hoje dentro da rede pública condições que outrora eram inimagináveis”, disse.
“Nós estamos construindo um bom ambiente para que a educação melhore no estado, criamos lá oportunidade para que no final do ano eles possam ter um 14º e 15º salário. Agora, tem que ter desempenho. O cidadão quer isso, o aluno quer isso, quem paga imposto para o estado quer mais eficiência, quer resultado. Então nós estamos criando dentro do governo um ambiente de estímulo aos resultados e até dispostos a remunerar mais o servidor”, explicou.
A Marcha Estadual dos Trabalhadores da Educação tem previsão de atos públicos em Cuiabá, com concentração na Praça Ulisses Guimarães, em frente ao Shopping Pantanal, a partir das 8h. Os profissionais da educação falam em “desmonte” da educação pública, “confisco” de 14% das aposentadorias e pensões e na “precarização” das condições de trabalho.