Total de endividados em Cuiabá aumentou 18,56% em agosto deste ano em comparação com igual período do ano passado. No último mês havia 178.588 consumidores com contas a pagar na Capital, ante 150.624 em agosto de 2022, informa a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso (Fecomércio). Em relação a julho - quando o número de devedores na cidade alcançava 176.351 -, o endividamento teve alta mensal de 1,2%.
Conforme análise do Instituto de Pesquisa da Fecomércio (IPF-MT), o endividamento dos cuiabanos atingiu o maior nível deste ano no mês passado, com proporção de 87,2%. Em agosto de 2022 o nível de endividamento era de 74,4%.
Apesar do crescimento da população endividada na Capital matogrossense, houve uma diminuição no contingente de consumidores que estão com contas atrasadas ou sem condições de quitar suas dívidas. No último mês, o quantitativo de devedores com contas vencidas chegou a 51.337, menos (11,40%) que em agosto de 2022, quando somavam 57.948. Aqueles que não terão condições de pagar as contas totalizaram 12.270 no mês passado, sendo 15,90% abaixo do total de devedores na mesma situação, verificado no penúltimo agosto (14.591).
A Fecomércio destaca que 25,1% das famílias cuiabanas estavam inadimplentes no mês passado, abaixo do índice de 28,6% detectado em agosto de 2022. Sem condições de liquidar os débitos eram 6% no último mês. “O aumento do endividamento, junto à diminuição do nível de inadimplência das famílias cuiabanas é um fator positivo para a saúde financeira familiar, o que mostra a capacidade de quitar suas dívidas, ao passo que continuam consumindo a prazo”, avalia o presidente da
Fecomércio, José Wenceslau de Souza Júnior.
O recuo no número de famílias com dívidas em atraso sinaliza, portanto, a retomada da capacidade de acesso ao crédito, reaquecendo o consumo.
Outra situação identificada pelo IPF-MT é que a média de dias de atraso nas contas a pagar em agosto é de 47, sendo um dia a mais que em julho. Dentre as famílias que estão inadimplentes, 26,2% possuem mais de um ano de comprometimento com
dívida, recuo de 2,6 pontos percentuais (p.p.) no comparativo mensal e 26,9% têm entre 6 meses e 1 anos.