Pela 1ª vez, MT se torna o 2º maior produtor de etanol no país

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Segunda, 29 Abril 2024 | G1MT
Mato Grosso é o segundo maior produtor de etanol do Brasil, com 5,72 bilhões de litros gerados. De acordo com as Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso (Bioind-MT) e o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), esse é o maior crescimento da produção de etanol já registrado no estado.
De acordo com a pesquisa, nesta safra, houve um crescimento de 32% em relação a anterior, que gerou 4,34 bilhões de litros de etanol. Para 2024/25, a estimativa é que Mato Grosso produza 6,30 bilhões de litros do biocombustível, um aumento de 10,03% em relação a esta safra. Deste volume, 5,207 bilhões de litros devem vir do milho e 1,088 bilhão, da cana.
Essa é a primeira vez que Mato Grosso fica em segundo lugar na produção nacional, ficando atrás somente de São Paulo. Esse crescimento da produção foi resultado da ampliação da capacidade produtiva das usinas, além da melhor performance das indústrias.
Do total produzido na safra, 4,54 bilhões de litros vieram do milho e 1,18 bilhão de litros da moagem de cana-de-açúcar. Deste volume, 3,73 bilhões de litros foram gerados em etanol hidratado (biocombustível que vai direto para as bombas), e 1,99 bilhão de litros de anidro (produto que é adicionado à gasolina).
Atualmente, Mato Grosso possui 18 indústrias de etanol que geram além do biocombustível: óleo de milho, fornece fertilizantes e proteína vegetal para alimentação animal e levedura, emite créditos de carbono e gera energia elétrica a partir de resíduos.
Nesta safra Mato Grosso produziu 43,8 milhões de toneladas de milho, responsável por 38% da safra nacional. Neste período, a moagem de milho também foi recorde, 10,11 milhões de toneladas, gerando um crescimento de 37,86%. Esse é o maior percentual de crescimento anual já registrado no estado.
O índice de rendimento industrial na produção de etanol foi de 449,27 litros por tonelada de milho. Atualmente, Mato Grosso responde por 72% da produção nacional de etanol de milho.
Outro destaque nesta safra foi os grãos secos de destilaria (DDG), um coproduto do etanol de milho utilizado na alimentação animal. A produção de DDG foi de 2,12 milhões de toneladas, contra 1,6 milhão de toneladas na safra anterior.
Já a cana-de-açúcar, houve um aumento de 10,6% na moagem, totalizando 17,65 milhões de toneladas, o mesmo volume da safra recorde no estado registrado na temporada 2019/20. Nesta safra, o rendimento industrial na produção de etanol atingiu 100 litros por tonelada, o maior desde o início da série histórica.
Da safra 2023/24, 12,08 milhões foram destinados a produção de etanol e 5,57 milhões tiveram como destino a produção de açúcar. O açúcar atingiu recorde de 537,7 mil toneladas, volume 7% maior se comparado com a safra anterior.
Dentre os motivos para esse movimento, está a menor oferta de açúcar no mercado internacional, limitado em função da quebra de safra da cana em países asiáticos, como Índia e Tailândia, o que estimulou os preços no mercado mundial e a demanda pelo produto produzido no Brasil.
 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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