Tenente que inspirou personagem de "Ainda Estou Aqui" liderou luta armada na divisa de MT

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Segunda, 03 Março 2025 | hnt
O tenente-coronel da Aeronáutica, João Paulo Moreira Burnier, líder de luta armada na divisa de Goiás e Mato Grosso, próximo ao início da Ditadura Militar em 1964, é apontado pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) como o autor da ordem para invadir a casa do deputado federal Rubens Paiva, no Rio de Janeiro, em 1971.
A história de Paiva norteia o enredo de "Ainda Estou Aqui", vencedor da estatueta de melhor filme estrangeiro na premiação do Oscar neste domingo (2).
O militar que influenciou grupos favoráveis ao golpe em MT está envolvido no desaparecimento do deputado.  
João Burnier fez parte do clã de militares que foi partidário do golpe que depôs o presidente João Goulart. O militar também é apontado como responsável pelo deparecimento de Stuart Angel Jones, militante do MR-8 que morreu em sessões de tortura. Stuart era filho da estilista norte-americana Zuleika Angel Jones, conhecida como que "Zuzu Angel", que inspirou filme com o mesmo nome estrelado por Patrícia Pillar. 
O militar foi mencionado por sobreviventes em audiências da Comissão Nacional da Verdade. Em uma delas, foi lido trecho da carta do brigadeiro Eduardo Gomes ao presidente Ernesto Geisel que descreve Burnier como um homem com "instintos perversos e sanguinários",  "um insano mental". 
O relatório final da Comissão Nacional da Verdade foi entregue à presidente cassada, Dilma Rousseff (PT), em dezembro de 2014. 
 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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