Cuiabá e Várzea Grande estão entre as piores em saneamento

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Quarta, 29 Abril 2015 | Midianews
Com desperdício de cerca de 65% de toda água tratada em Cuiabá e investimento zero em distribuição e tratamento de esgoto em Várzea Grande, as duas maiores cidades de Mato Grosso não configuram como exemplo de gestão do saneamento básico.
A informação consta no estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a consultoria GO Associados, que traz dados de saneamento das 100 maiores cidades do Brasil, com base de informações Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS - ano 2013).
O relatório aponta que os avanços continuam tímidos nas duas cidades, que estão longe de atingir a universalização dos serviços em 20 anos (prazo do Plano Nacional de Saneamento Básico – 2014 a 2033).
Cuiabá configura entre as capitais com piores índices em saneamento básico em relação aos anos anteriores, reduzindo os investimentos em 4,08%.
Com uma população de 569.830 habitantes, a Capital está 70ª posição, entre as 100 cidades analisadas.
A cidade tem apenas 35,3% de rede de esgoto e desperdiça 67,2% de toda a água tratada, conforme o relatório.

No quesito coleta de esgoto, Várzea Grande é o terceiro pior entre as 10 cidades com menor pontuação. 
A cidade industrial com a população 262.880 habitantes, ainda registrou investimento zero no tratamento de esgoto e ampliação da rede de coleta.
Outro grande problema em Várzea Grande é a perca de 64,3% de toda a água tratada da cidade. Com isso, no ranking geral, a cidade ficou em 95º lugar.

O estudo ainda mostra que, em 2013, os investimentos totais em saneamento no país foram da ordem de R$ 10,47 bilhões, sendo que as 100 cidades foram responsáveis por investimentos da ordem de R$ 5 bilhões (48%).
Já a arrecadação com os serviços no país foi de R$ 40 bilhões, sendo que nas 100 cidades o valor foi de R$ 24 bilhões (59% do total).
Entre os 100 municípios analisados, a relação entre investimentos e arrecadação caiu de 32% em 2012 para 28% em 2013.
Desta forma 82,5% da população do país era abastecida com água tratada, ou seja, mais de 35 milhões de brasileiros não possuíam este serviço.
Em relação à coleta dos esgotos, 48,6% da população recebia este serviço, totalizando quase 100 milhões de brasileiros fora da conta.
A situação se agravou em relação aos esgotos tratados, que segundo os dados oficiais, são apenas 39% dos esgotos, isto é, mais de 5 mil piscinas olímpicas de esgotos não tratados foram jogadas por dia na natureza em 2013.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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