Quatro cheques de delator são depositados em conta do filho de Blairo Maggi

Nas microfilmagens de cheques entregues pelo empresário João Batista Rosa à Delegacia Fazendária de Mato Grosso, constam quatro cheques depositados na conta corrente do empresário André Souza Maggi, filho do senador Blairo Maggi (PR). 

Cada cheque corresponde ao valor de R$ 4.780,90 mil, o que perfaz o total de R$ 19.123,60 mil.

Os documentos bancários foram emitidos no dia 25 de julho de 2013, pela empresa Casa da Engrenagem Ltda, que faz parte do grupo empresarial Tractor Parts. 

Em depoimento prestado no começo da noite de terça-feira (15), o empresário João Batista Rosa revelou ter pago R$ 2,6 milhões ao ex-secretário de Estado Pedro Nadaf, para a empresa ser favorecida com incentivos fiscais do Prodeic (Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso).

Sobre os cheques encontrados na conta do ex-governador, que apoiou a candidatura de Silval Barbosa em 2010, Rosa garantiu que nunca firmou nenhuma transação financeira com a família Maggi.

Em nota encaminhada à imprensa, a empresa afirmou que foi “vítima de uma severa extorsão de agentes públicos que figuravam no governo anterior 2011/2014 para manter o incentivo fiscal concedido às empresas que compõe nosso grupo legalmente”. 

Agora, uma das linhas de investigação da Polícia Civil é descobrir por qual motivo os quatro cheques foram repassados ao filho do senador Blairo Maggi.

O empresário André Maggi era um dos proprietários da boate Garage, e atuava como DJ. Hoje, ele se dedica a outras atividades empresariais.

Outro lado

O FolhaMax tenta desde a noite desta terça-feira entrevistar o empresário André Maggi. O publicitário Júlio Valmórbida, que atua na assessoria do senador, disse que ainda hoje emitirá uma nota de esclarecimento sobre o assunto.

Nadaf também foi secretário de Desenvolvimento Turismo na gestão de Blairo Maggi. Ele conseguiu se manter em cargos de primeiro escalão por 12 anos no palácio Paiaguás e hoje está preso no centro de custódia de Cuiabá juntamente com o ex-secretário de Fazenda, Marcel de Souza Cursi.