Eleitor jovem cresce 46% em Mato Grosso

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Quinta, 14 Abril 2016 | GD
O número de eleitores entre 15 e 19 anos cresceu 45,94% em Mato Grosso. De novembro de 2014 até este mês foram cadastrados 76,635 mil novos títulos eleitorais, enquanto que entre novembro de 2012 até abril de 2014 eram 41,425 mil. Os dados são do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Os períodos compilados consideram a janela de alistamento eleitoral, que começa um mês após as eleições (novembro) e encerra 150 dias antes do primeiro turno (maio). Dessa forma, os números ainda não estão consolidados, mas já demonstram um considerável incremento aos 2,189 milhões de eleitores mato-grossenses.
A estudante Natália Aparecida Oliveira, 17, fez o título de eleitor esta semana. Ela diz que fez o documento por obrigação, mas mesmo sabendo que ainda não precisa votar este ano, já quer garantir a participação democrática. “Embora não tenho noção em quem votar é bom tentar ajudar a garantir um futuro melhor para a sociedade”.
Natália reclama que ainda falta muitas mudanças no meio político e social para se sentir satisfeita com a política. “Como sou estudante de enfermagem, gostaria de no futuro poder trabalhar em um sistema de saúde de qualidade”.
Estudante, Isabela Araújo dos Santos, 17, também fez o título eleitoral este ano. “Estou frustrada com o que vejo na política, os gestores não conseguem tirar as promessas dos discursos e acabam fazendo muito pouco para melhorar a vida em sociedade”. Isabela relata que só fez o título de eleitor porque vai estar com 18 anos quando forem realizadas as eleições 2016.
Perspectivas
O analista político João Edson de Souza avalia que o aumento do número de eleitores entre 15 e 19 anos não demonstra ser a priori uma maior manifestação de engajamento político dos jovens, até mesmo porque o voto é facultativo entre os 16 anos e 18 anos. 
“Como o título de eleitor é um documento, muitos jovens o confeccionam para procurar vaga de emprego”. O especialista não descarta a hipótese de maior engajamento político entre os jovens, considerando que a crise política e a polarização no cenário nacional chegaram às escolas. “Mas não é possível tomar apenas isso como base para avaliar que de fato exista mais consciência entre os não obrigados a votar”. 

 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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