Grupo de siriri vende canecas para conseguir participar de festival no RJ e leva cinco prêmios

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Segunda, 02 Maio 2016 | OlharConceito
O grupo de siriri Flor de Atalaia foi o grande destaque do Festival Movimento Arte Carioca, que aconteceu no último final de semana na cidade do Rio de Janeiro. Em sua primeira participação em um festival de dança, ele ganhou o primeiro e o segundo lugar na categoria ‘Dança Folclórica’, além de ser escolhido como melhor coreografia do dia e como destaque do festival.
No total, foram oito grupos folclóricos de todo o país, cada um com duas coreografias, e mais de oitenta apresentações no primeiro dia de evento, sábado (30). O Flor de Atalaia levou para a cidade maravilhosa as coreografias “Na Tradição Siriri” (que ganhou o primeiro lugar) e “Ouro nas minas de Cuiabá” (que ficou em segundo). Além disso, os dançarinos se apresentaram em pontos turísticos da cidade e falaram das tradições cuiabanas para cariocas e estrangeiros.

Apesar de todo o sucesso, o grupo é novo. De acordo com uma das dançarinas, Danielle Dias, ele surgiu há dois anos e meio no aniversário de sua irmã, Cristina Zuita. “Minha irmã é psicóloga e muito ligada com essas tradições. No aniversário dela, ela quis fazer uma festa com o tema de Siriri, e organizou uma dança, chamou um professor. No dia, nós nos apresentamos e foi super legal, ninguém queria parar”, conta.

Depois dessa primeira apresentação, o grupo foi crescendo, sendo chamado para eventos, criou um CNPJ, fez um registro na Secretaria de Cultura e na Federação Nacional de Siriri e Cururu. Além disso, tornou-se também um projeto sócio-cultural no bairro.

“Como minha irmã é psicóloga, ela viu no grupo também uma forma de atrair os adolescentes e levar para eles mais cultura”, conta Danielle. Hoje, participam do grupo crianças de nove anos até adultos de 40 anos.

Para se manter, no entanto, eles não contam com apoio de nenhuma instituição. A participação no Festival no Rio de Janeiro só foi possível porque o grupo se organizou e vendeu canecas no bairro: “Vendemos cerca de 300 canecas por R$10 cada, e o dinheiro arrecadado ajudou a custear a viagem dos participantes do grupo que não tem recursos”, explica Danielle.

Depois do pontapé inicial, o grupo também se inscreveu para participar de um festival na cidade de Espumoso, no Rio Grande do Sul. O único problema, agora, é captar novamente os recursos para a viagem, já que a qualidade da dança eles já comprovaram que têm.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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