Após 25 dias em liberdade, Eder Moraes é preso novamente pela Polícia Federal

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Sexta, 03 Junho 2016 | FolhaMax
O ex-secretário Eder Moraes Dias voltou a ser preso em Cuiabá. A detenção ocorreu na manhã desta sexta-feira, na residência do ex-secretário, no condomínio Florais dos Lagos, as margens da rodovia MT-010.

Eder Moraes estava solto desde o dia 9 de maio, quando foi beneficiado com habeas corpus concedido pelo ministro Dias Tóffoli, do Supremo Tribunal Federal. No entanto, a decisão condicionava sua soltura a uma vistoria a ser feita na tornozeleira eletrônica que ele usava antes de ser detido na 10ª fase da “Operação Ararath”, deflagrada em dezembro de 2015.

Quando foi solto, o pedido de prisão preventiva retornou as mãos do juiz da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, Jeferson Scheneider. Caberia a ele fazer os procedimentos necessários para verificar se houve, de fato, o descumprimento das normas de uso da tornozeleira eletrônica.

A defesa ainda tentou evitar que o processo retornasse as mãos do juiz, responsável por decretar três prisões de Eder entre 2014 e 2015. No entanto, o ministro Dias Tóffoli rejeitou o pedido. “Registro, por fim, que o Supremo Tribunal Federal nos HCs, de minha relatoria, reconheceu, tão somente, a ilegalidade da prisão preventiva originariamente decretada, mas em momento algum se pronunciou sobre a prisão preventiva do embargante em razão de descumprimento das medidas cautelares, o que é bem diverso”, diz um dos trechos da decisão do ministro, decretada no dia 22 de maio.

Com o retorno do processo a 1ª instância, Schneider poderia decretar novamente a prisão do ex-secretário. Nesta quinta-feira, o magistrado decidiu pela decretação da medida cautelar ao ex-secretário que já tem uma condenação a 69 anos de prisão.

Neste momento, Éder Moraes está na sede da Polícia Federal. Em seguida, ele será levado ao IML (Instituto Médico Legal) e ao Centro de Custódia de Cuaibá, anexo Carumbé.

A defesa do ex-secretário anunciou que irá recorrer da decisão com um HC no Tribunal Regional Federal ou reclamação no Supremo Tribunal Federal. “Respeitamos a decisão do juiz, mas iremos ingressar com os recursos necessários nas instâncias superiores", explicaram os advogados Ricardo Spinelli e Fabian Feguri.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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