Justiça manda empresas pagarem R$ 1,5 milhões a filha de vítima de acidente ocorrido no trecho entre Jangada e Várzea Grande

O juiz Gilberto Lopes Bussiki, da Nona Vara Cível de Cuiabá, condenou a Transbalan Transporte Rodoviário Ltda e a Itaú Seguros S.A. em uma ação de indenização por perdas e danos relativo ao acidente de trânsito que vitimou 13 pessoas na BR-364, no trecho entre Jangada e Várzea Grande. Na ocasião, o motorista de uma carreta da Transbalan atravessou a pista contrária, atingido uma van da empresa Sinal Verde, que vinha de Sorriso com 15 pessoas.

Segundo o magistrado, verificou-se que as condições da rodovia onde ocorreu o acidente eram favoráveis. Segundo laudos da perícia feita no local, a causa do acidente foi a invasão da pista contrária feita pelo caminhão. A suspeita é de que o motorista da carreta, teria dormido ao volante.

A autora da ação é A.C.O.X., representada por Honorina Gonçalves Xavier. A menor A.C.O.X. é filha de Valdinice Gonçalves Xavier, uma das 13 vítimas fatais do acidente. Também morreram os passageiros do microônibus, Lúcio Santana Rosa, Maria Scatolin, Roberto Giovani Scatolin, Valdenice Gonçalves Xavier, Amarildo José Prado, Jovânia Emiliana Ningotti Prado, Clemêncio Gubert, Cristiane Tanaka Gonçalves, Márcia Regina Ferreira Borba, e Nayara Winche Almeida Sobrinho, além do motorista da carreta, Thiago Gasperi de Oliveira, e o do microônibus, Evaristo de Souza Lima.

O juiz condenou a Transbalan e o Itaú Seguros a indenizarem A.C.O.X. por danos materiais em R$ 7.665,97, relativo a bens perdidos no acidente e despesas com funeral. Em relação aos danos morais, o magistrado fixou uma indenização de R$ 80 mil. A empresa e a seguradora terão ainda que arcar com uma pensão mensal de 9,64 salários mínimos (atualmente R$ 8.483,20). A pensão é retroativa ao dia do acidente, o que em valores atuais, chega a cerca de R$ 1,5 milhão, somados os quase 12 anos da tragédia.