Governo abriria 753 leitos de UTI e 72 escolas com dinheiro sonegado por quadrilha em MT
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Quinta, 07 Dezembro 2017
| OlharDireto
O rombo de R$ 140 milhões provocado pela quadrilha presa na manhã desta quinta-feira (07), durante a ‘Operação Crédito Podre’, tem grande impacto nos cofres públicos e investimentos que poderiam ter sido feitos pelo Executivo. De acordo com a Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), este montante poderia ser aplicado na abertura de 753 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 72 escolas.
A estimativa feita pelo delegado Sylvio do Vale é de que os R$ 140 milhões poderiam ter sido utilizados para a abertura de 753 leitos de UTI e 72 escolas. Além disto, poderiam ser compradas 938 viaturas ou construídas 1.400 casas populares. Vale lembrar que o Estado, assim como o país, atravessa por uma forte e intensa crise econômica e corre o risco de ter de escalonar o pagamento dos salários de servidores novamente.
As investigações conduzidas pela Defaz apuram fraudes na comercialização interestadual de grãos (milho, algodão, feijão, soja, arroz, milho, sorgo, painço, capim, girassol e niger), com sonegação de mais de R$ 140 milhões em ICMS (imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços).
Os envolvidos no esquema responderão por crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documentos, uso de documento falso, uso indevido de selo público e sonegação fiscal.
O inquérito policial foi instaurado no dia 9 de fevereiro deste ano, após informações encaminhadas pela equipe técnica da Secretaria de Estado de Fazenda (Defaz), para apurar suposta organização criminosa, que mediante documentos ideologicamente falsos e articulada para a comercialização de grãos, estava promovendo a sonegação de ICMS, gerando enorme dano aos cofres públicos do Estado de Mato Grosso.
Os presos foram identificados como: Paulo H Alvez Ferreira; Paulo Serafim da Silva; Rivaldo Alves da Cunha; Kamil Costa de Paula; Evandro Teixeira de Rezende; Paulo Ferreira da Silva; Jean Carlos Lara; Neuza Lagemann de Campos; Cloves Conceição da Silva; Rogério Rocha Delmndo; Diego de Jesus da Conceição; Marcelo medina; Wagner Fernandes Keling; Valdecir Marques; Rinaldo B. Ferreira Júnior e Theo Marlon Medina.
Os 16 mandados de prisão preventiva foram cumpridos nas seguintes cidades: Camburiu-SC (1); Indaiatuba-SP (1); Rondonópolis-MT (1); Campo Verde-MT (1); Primavera do Leste-MT (3); Sorriso-MT (1); Barra do Garças-MT (1) e Cuiabá-MT (7). Além disto, também foram expedidas.