Apesar de não ter participado "de corpo presente" nesta semana de uma reunião com aliados políticos do PSB para decidir um novo rumo partidário, o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), comunicou que não será, em nenhuma hipótese, candidato a senador da República, em 2018. Ele já havia anunciado que não tem perfil para ser legislador e indicou novamente que pretende ser candidato ao Governo do Estado.
Durante encontro entre os deputados socialistas Eduardo Botelho, Mauro Savi, Oscar Bezerra, Max Russi e Adriano Silva, foi feita uma ligação telefônica para Mauro, que estava fora do Estado resolvendo assuntos empresariais. Na conversa por viva voz, os parlamentares analisavam a possibilidade do grupo migrar em bloco para um partido pequeno, no caso mais provável, o PV.
Neste quadro, a legenda sem projeção nacional e estadual seria usada para apoiar uma provável candidatura a reeleição do governador Pedro Taques (PSDB). Mauro seria um dos candidatos ao Senado pelo grupo de situação.
Consultado sobre a proposta, Mauro foi enfático ao telefone. Ele avisou que não será candidato ao Congresso Nacional.
Com a decisão do ex-prefeito, os "orfãos" do PSB decidiram se dividir em várias legendas. Além dos deputados federais Fábio Garcia e Adilton Sachetti, que fizeram acordo via nacional, irá para o DEM o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho.
Já Mauro Savi e Oscar Bezerra irão aderir ao Partido Progressista, legenda que é comandada pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi (PP). Suplente, Adriano Silva deve mirar o PDT.
Atual secretário da Casa Civil, Max Russi acabará filiando no PSDB. Ele quer mostrar fidelidade ao governador.
Já Mauro Mendes divide-se entre PP e PR. No entanto, ele deve acabar ingressando na legenda repubicana, para onde retorna após disputar a prefeitura de Cuiabá, em 2008.