Silval declara que não negocia com professores em greve
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Terça, 20 Agosto 2013
| G1/MT
O governador Silval Barbosa (PMDB), de Mato Grosso, declarou que não irá discutir as pautas reivindicadas pelos professores enquanto a classe estiver em greve no estado. Nesta segunda-feira (19) a paralisação da categoria completou uma semana. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), 80% das escolas aderiram à greve no estado.
“Eu não discuto em greve. Eles estão discutindo com os secretários. Eu espero que haja um entendimento para eles voltarem”, declarou Silval em entrevista à TV Centro América.
Greve dos professores da rede estadual completou uma semana. Silval disse que governo efetivou 8.600 profissionais na educação.
A classe reivindica quatro pautas principais para realização de acordo. São elas: o reajuste salarial em 10,41%; inclusão da hora atividade para professores contratados; melhoria na estrutura das escolas; e a posse dos classificados no concurso de 2010. Na última reunião realizada com o Sintep na sexta-feira (16) o governo apresentou um calendário para a posse de técnicos e apoio administrativo, além de mais 500 professores até novembro de 2013.
As outras pautas não tiveram propostas. “Avançamos pouco em relação à pauta apresentada”, declarou o presidente do Sintep, Henrique Lopes Nascimento. Os professores pedem também a destinação de 35% dos recursos estaduais para a educação. Essa é a segunda paralisação realizada pela classe neste ano, sendo que a primeira foi em abril e durou uma semana.
Em relação às reivindicações, o governador declarou que em seu governo 8.600 profissionais foram efetivados na área de educação no estado. “De 2010 para cá eu repus toda a inflação que houve, mais 25,8% de ganho real na carreira dos servidores. Nunca se fez tanto na carreira dos servidores, nunca se chamou tanta gente em concurso como se chamou agora”, argumentou Silval.
O presidente do Sintep rebateu as declarações do governador e disse que Silval deve se colocar à disposição para resolver o impasse. “Ele tem que se colocar na condição de governador e não levar isso para um nível pessoal. Há um impasse que tem que ser resolvido. Nós anunciamos a possibilidade de greve em 2012 e ele tem conhecimento da pauta”, disse.
O presidente do Sintep chamou a atenção para o fato de que quando o concurso foi lançado em 2010, ainda no governo de Blairo Maggi, o estado tinha menos de 50% dos profissionais da educação efetivados. “Os profissionais contratados têm prejuízos na carreira, migram muito de escolas, o que atrapalha na política pedagógica de cada instituição, não recebem por hora atividade e recebem menos do que os efetivos”, declarou. “O concurso previa a contratação de 3 mil profissionais e por pressão popular os outros 5 mil foram chamados”, complementou. Henrique Lopes acredita que haja necessidade da contratação de mais 5 mil profissionais para atender às demandas estaduais.