Professores da rede estadual mantêm a greve
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Terça, 17 Setembro 2013
| MIDIA NEWS
Os professores da rede estadual decidiram manter a greve da educação. A decisão foi tomada na tarde desta segunda-feira (16), durante assembleia geral da categoria, realizada no colégio Presidente Médici, centro de Cuiabá.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Henrique Lopes, foi a maior assembleia realizada pelos professores nos últimos anos.
Decisão da categoria é de permancer com as atividades paralisadas
Segundo ele, o evento contou com cerca de três mil professores. “Teve gente que ficou do lado de fora do ginásio”, destacou.
Os professores decidiram manter a greve mesmo com uma decisão desfavorável da Justiça que decretou o movimento como sendo “abusivo”.
A decisão foi proferida pelo desembargador Marcos Machado e prevê multa de R$ 23 mil, caso o Sintep não cumpra com a determinação judicial.
Lopes, no entanto, afirmou que a base do movimento está firme e que “decisão judicial não amedronta professores”.
“Não é a primeira vez que temos que enfrentar uma decisão negativa da Justiça. Pelo contrário, até onde eu sei, não lembro de uma vez que a Justiça legislou em prol dos trabalhadores da educação”, destacou o professor.
A greve dos professores da rede estadual completou um mês no último dia 12 de setembro.
A proposta
O presidente do Sintep ressaltou que a categoria ainda aguarda a proposta, por escrito, por parte do governo.
A proposta prevê um incremento de 2% nos recursos destinados à educação. Com isso, os valores, previstos na lei orçamentaria anual, subiriam dos atuais 25% para 27%.
Esse incremento seria o suficiente para atender duas das principais reivindicações da categoria, que é o aumento salarial de 10.41% e a remuneração da hora-atividade para os professores contratados.
“Só que já fazem 10 dias e o Governo ainda não formalizou essa proposta, que discutida na Assembleia Legislativa e que, inclusive, foi estabelecida de acordo com os parâmetros do próprio Governo”, afirmou.