Deputados ouviram professores e se reúnem com o governador Silval Barbosa (PMDB) neste momento, para com a expectativa de firmar um acordo que dê fim á greve da educação no Estado que já dura mais de 50 dias. A proposta de negociação saiu da reunião do colégio de líderes e os professores que aconteceu nesta manhã (02), na Assembléia Legislativa.
O deputado José Riva (PSD) afirmou que, imediatamente após a reunião, iria ao Palácio Paiaguás viabilizar uma reunião ás 15h hoje entre parlamentares, representantes do Sintep (Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso) e os secretários de Educação, Ságuas Moraes, e de Administração, Francisco Faiad para tratar do tema.
“O que põe fim á greve é o diálogo”, explicou o parlamentar. “O sindicato disse com todas as letras que não rejeitou a proposta do governo, apenas quer discutir o acordo”, reiterou.
Na oportunidade, o parlamentar comentou o fato de, liminarmente, o governo ter requerido que 50% dos professores retornassem ao trabalho. Para ele “imposição é coisa da ditadura”, disparou o social democrata, reafirmando ainda que “o que põe fim á greves é o diálogo”.
Já o presidente Henrique Lopes do Nascimento explicou que o ponto principal discutido foi a data de vigor do acordo. Para a categoria, a proposta de reajuste de dobrar o ganho real salarial em 10 anos feita pelo governo do Estado contempla o pedido de reajuste, no entanto, com início imediato de reajuste.
A primeira e única proposta do governo até o momento para os profissionais da educação prevê que o reajuste teria início daqui a oito meses.
O fato de, por nota, o executivo ter ameaçado cortar os salários dos professores que estivessem em greve não foi tratado na reunião á portas fechadas. O sindicalista afirma que a categoria apesar de sentir intimidada, não deixaria a greve por conta disso.
“É preciso um pouco mais de responsabilidade, determinações como estas só acirram o ânimo dos trabalhadores“, acredita o presidente do sindicato, que viu de modo positivo o posicionamento dos parlamentares de tentativa de reabrir a negociação.
O deputado Walter Rabello (PSD) este não é um assunto que pode ser solucionado pelos parlamentares, e sim, exclusivamente pelo governo do Estado. “A reunião é apenas uma forma de ouvir a categoria, resolver o problema é exclusivo do governo do Estado”, pontuou.